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Capital

“Secretária” da família, sobrinha de Jamil Name é presa pela segunda vez

Operação esteve na casa de Cinthya Name Belli, na região central de Campo Grande, e a levou para o Garras

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 18/06/2020 09:01
Cinthya Name Belli é investigada por envolvimento com mílicia. (Foto: Reprodução Facebook)
Cinthya Name Belli é investigada por envolvimento com mílicia. (Foto: Reprodução Facebook)

Alvo na fase 2 da Omertà, em março deste ano, Cinthya Name Belli, foi presa nesta quinta-feira (18), na terceira etapa da operação. A força-tarefa esteve na casa dela, na região central de Campo Grande, e a levou para o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Os advogados Eres Figueira e Wellington Figueira chegaram em seguida para conversar com a cliente. Disseram que não tem detalhes sobre o motivo da prisão, mas que se trata de cumprimento de mandado e que ela atua como “secretária pessoal” da família Name. “Ela foi presa na segunda fase e foi uma prisão desnecessária”, afirmou Eres, sem dar mais detalhes.

Eres Figueira, advogado de Chyntia, foi até o Garras para tentar contato com a cliente (Foto: Henrique Kamaminami)
Eres Figueira, advogado de Chyntia, foi até o Garras para tentar contato com a cliente (Foto: Henrique Kamaminami)

O Campo Grande News apurou que Cinthya , sobrinha do empresário Jamil Name, o principal alvo da Omertà, assumiu parte dos “negócios” depois que o tio foi preso, ainda na primeira fase da operação, em setembro do ano passado. Name está desde outubro de 2019 no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Para a investigação, a sobrinha é a “Cintia” citada em bilhete escrito em papel higiênico por detento do presídio do Rio Grande do Norte, o estopim da 2ª fase da operação. Conforme nota divulgada pelo Gaeco na tarde no dia 17 de março deste ano, o responsável pelas anotações ficava entre as celas de Name, 80 anos, e Jamil Name Filho, 42 anos, e anotava todas as conversas que ouvia entre eles e dois advogados, identificados como David Moura de Olindo e Adailton Raulino Vicente da Silva, ex-delegado de Polícia Civil.

No “relatório”, o preso anotou que os Name tinham planos de “mandar matar” dois promotores do Gaeco, o delegado Fábio Peró e “pegar também” a família do titular do Garras. Os dois advogados, conforme o bilhete, seriam responsáveis por repassar informações a “Cintia e Jerson”.

Também hoje foi preso o delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e lotado atualmente na 2ª DP (Delegacia de Polícia) em Campo Grande.

A todo momento, viaturas do Batalhão de Choque e Bope, que dão apoio ao Gaeco e Garras na operação, entram e saem da delegacia (Foto: Henrique Kawaminami)
A todo momento, viaturas do Batalhão de Choque e Bope, que dão apoio ao Gaeco e Garras na operação, entram e saem da delegacia (Foto: Henrique Kawaminami)


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