Segundo vizinhos, acusado de estuprar criança de 8 anos se apresentava como pai
Os vizinhos do barraco onde foi preso o jardineiro de 46 anos, acusado de estuprar e usar uma menina de 8 anos para pedir esmolas, pensavam se tratar de pai e filha. Ele até a apresentava como tal, no entanto em depoimento na delegacia de polícia a criança negou qualquer grau de parentesco.
Segundo trabalhadores de uma obra ao lado da casa do jardineiro, no bairro São Conrado, em Campo Grande, a menina era trazida por ele de algum lugar desconhecido pelo menos duas vezes por semana. No local, uma mulher magra também era vista com freqüência.
Compadecidos pela situação de penúria em que vivia a menina, os vizinhos doavam alimentos e até água ao suposto pai. “Ele sempre dizia que era o pai e uma vez até deixou a criança comigo para cuidar”, disse uma das vizinhas que não quis se identificar.
Ainda segundo relato, à noite no local havia bastante movimentação de motos e até carros. A suspeita era de que o homem utilizava entorpecentes. Mesmo surpresos com a prisão e a acusação, todos os entrevistados, que mantiveram o anonimato, confirmaram a situação de abandono e as más condições em que vivia a menina.
Os policiais chegaram ao local após uma denúncia anônima e flagraram a garota dormindo ao lado do acusado em um colchão no barraco. Levados a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) a menina disse que foi abandonada pela mãe e deixada aos cuidados do homem, que a obrigava a masturbá-lo enquanto ele via material pornográfico.
O jardineiro negou todas as acusações e reafirmou ser o pai da menina.