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Capital

TJ mantém preso jornalista que matou no trânsito; júri não tem previsão

Marta Ferreira | 06/06/2011 15:38

O Tribunal de Justiça rejeitou hoje novamente a concessão de liberdade ao jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 61 anos, réu pelo assassinato do menino Rogério Pedra, de 2 anos, ocorrido durante uma briga de trânsito com o tio do menino, Aldemir Pedra, em novembro de 2009. Agnaldo está preso desde setembro do ano passado e não há previsão de quando vai a julgamento.

A concessão do habeas corpus foi rejeitado pela 2ª Turma Criminal do TJ, após o relator do processo, o desembargador Romero Osme Dias Lopes, ter negado a liminar, no dia 19 de maio.

O pedido de liberdade havia sido feito primeiramente à primeira instância. Ao decidir, o juiz Aluizio Pereira dos Santos manteve Agnaldo preso, em março.

À época, o magistrado disse que marcaria logo o julgamento do jornalista, assim que o processo retornasse do Tribunal deJustiça, onde estava para julgamento do recurso impetrado pela defesa contra a sentença que mandou o réu a júri por homicídio simples.

O jornalista também será julgado, conforme definiu o juiz, por três tentativas de homicídio: contra o avô do garoto, que foi ferido; a irmã dele, que estava no carro; e o tio do menino, com quem Agnaldo se desentendeu no trânsito, provocando a confusão que terminou na morte de Rogerinho.

Sem previsão O júri, porém, não tem previsão de quando vai ser realizado, pois o advogado de Agnaldo, Valdir Custódio, apresentou um novo recurso e o TJ ainda não apreciou se ele vai ser encaminhado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), a quem caberá a decisão em caso de aceitação do pedido.

O advogado informou que também vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça para tentar novamente a liberdade para o cliente.

Histórico - Agnaldo está preso desde setembro do ano passado, depois de ficar livre por vários meses, quando chegou a afirmar para a Justiça que estava morando fora de Mato Grosso do Sul, em Santos, e foi acusado de fornecer endereço falso..

Ele foi preso em flagrante logo após o crime quando tentava registrar um boletim de ocorrência alegando que havia sido vítima de ameaça no trânsito. Ficou 80 dias na cadeia, mas foi solto por determinação judicial. Depois, teve a prisão preventiva novamente decretada, sob a alegação de que forjou uma separação para escapar da ação que cobra indenização de R$ 1,3 milhão. Mesmo sem ter sido preso, Agnaldo obteve habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

A Justiça mandou prendê-lo novamente porque se mudou para Praia Grande, litoral de São Paulo, sem avisar antecipadamente o Judiciário.

O jornalista se apresentou em Campo Grande em setembro do ano passado e agora tenta nova decisão. Agnaldo envolveu-se em uma briga de trânsito na avenida Mato Grosso. Ele atirou na caminhonete onde estavam as vítimas: Rogerinho, o avô dele, o tio dele e a irmã dele. O menino morreu. O avô e a irmã dele ficaram feridos.

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