Vídeo que mostra aplicação errada de vacina não ocorreu em Campo Grande
Diferente do que tem sido propagado por desinformados ou mal-intencionados, registro foi feito em Franca (SP)

Vídeo que mostra estagiária de enfermagem esquecendo de aplicar dose de vacina contra a covid-19 em idosa não se passa em Campo Grande. O registro, na verdade, foi feito em Franca, que fica no estado de São Paulo.
Por meio de nota, o Coren (Conselho Regional de Mato Grosso do Sul) diz ter analisado o material e constatado que os nomes das profissionais, inscritos nos respectivos jalecos, não batem com o de nenhuma funcionária registrada no Estado. "O fato descarta que elas atuem no estado, pois a inscrição no Conselho Profissional é obrigatória a todos os profissionais formados e atuantes".
Além disso, as imagens do local de vacinação não foram identificadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Campo Grande) como sendo qualquer um dos postos de vacinação disponíveis na cidade.
Em redes sociais, grupos de WhatsApp e até mesmo por meio do canal Direto das Ruas, muitas pessoas têm afirmado que o caso aconteceu no Albano Franco, que é um dos pontos de imunização na Capital, gerando dúvidas sobre a campanha de imunização, descredibilizando os profissionais de saúde e criando mais dificuldades para o combate a pandemia de covid-19.
Vale ressaltar que matéria publicada pelo portal R7 já indica que o procedimento foi realizado no município paulista, e que, no próprio vídeo, a estagiária se desculpa e aplica corretamente a vacina.
Erros na vacinação - Ainda conforme o órgão, casos suspeitos de não aplicação da vacina são exceção frente aos milhões de imunizações que têm sido feitas em território brasileiro por profissionais da enfermagem e demais categorias envolvidas.
A maioria desses profissionais trabalha compromissadamente com a saúde de todos. Casos isolados não podem ser brecha para promover o desrespeito a toda uma categoria de trabalhadores", diz o texto.
Por fim, o Coren também ressalta que profissionais da enfermagem podem manifestar aos pacientes e familiares o desejo de aparecer ou não durante o registro, de foto ou vídeo, do procedimento. Eles têm resguardado pelo Código de Ética o direito de preservar sua imagem, da mesma forma que o paciente e/ou familiar tem direito de fazer o registro para utilizá-lo como fins de evidência para suspeitas de aplicações inadequadas ou incorretas.