Caso Rogerinho: Sem interrogatório caso para por 4 meses
O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60 anos, que matou o menino Rogerinho durante uma briga de trânsito em Campo Grande, só será interrogado sobre o crime em outubro, na comarca de Praia Grande (SP).
Por causa da demora no interrogatório, o processo deverá ficar parado por 4 meses. A última audiência foi realizada em maio e, deste então, está sendo aguardado o interrogatório do réu, que depois do crime passou a morar na cidade litorânea de São Paulo.
A expedição da carta precatória, recurso utilizado para que testemunhas e réus sejam ouvidos em outros Estados, foi determinada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, em 21 de junho. O documento foi expedido, de fato, em seis de julho e só foi distribuído pela à comarca de Praia Grande no dia 26 de julho.
Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo, o depoimento do jornalista foi marcado para 18 de outubro.
Manobra - Para o advogado Ricardo Trad, que atua como assistente da acusação, a ida de Agnaldo para São Paulo foi uma tentantiva "desesperada" de retardar o andamento do processo contra Agnaldo.
"A carta precatória dificulta o andamento do processo, tira a celeridade", afirma.
Ele enfatiza que já foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação, mas, agora, o caso só prossegue após Agnaldo ser ouvido. Com o interrogatório do réu, o processo entra na fase de alegações finais e, em seguida, o juiz decide se o réu vai a júri popular. "Depois do interrogatório, a celeridade será restabelecida", acredita Trad.
O crime- A briga de trânsito que resultou na morte de Rogério Pedra Neto, de 2 anos, ocorreu na manhã o dia 18 de novembro do ano passado.
Durante a discussão com o tio do menino, Aldemir Pedra Neto, o jornalista efetuou quatro disparos, atingindo João Alfredo Pedra (avô de Rogerinho) e o menino, que foi baleado no pescoço, não resistiu ao ferimento. A família estava em uma caminhonete L-200 e o jornalista em um Fox.