Contratos em investigação na Lama Asfáltica superam R$ 2 bilhões
A operação Lama Asfáltica, cuja segunda etapa foi deflagrada nesta terça-feira (dia 10), investiga contratos com valor acima de R$ 2 bilhões. De acordo com a PF (Polícia Federal), o esquema é especializado em desviar recursos públicos, inclusive federais, e atua nos seguintes ramos: pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.
A primeira fase foi realizada em 9 de julho de 2015. Nesta nova etapa, batizada de Fazendas de Lama, serão cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados.
Os mandados são cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba (PR), Maringá (PR) Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP). Na Capital, um equipe da PF foi ao apartamento do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Outra equipe fechou à Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura), no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Conforme a polícia, o nome Fazendas de Lama é referente à aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.
Nesta nova fase, após a análise dos materiais apreendidos na primeira operação Lama Asfáltica, novas fiscalizações realizadas pela CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal encontraram indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.
Os presos serão encaminhados para a superintendência da PF em Campo Grande. Uma coletiva de imprensa será realizada às 10h.