Funcionária da Caixa fraudava auxílio emergencial
Funcionária era terceirizada e teria usado senha de outro servidor para obter os benefícios
Funcionária terceirizada da CEF (Caixa Econômica Federal) é alvo de operação da Polícia Federal, que cumpre mandados de busca e apreensão em Ivinhema, a 289 quilômetros de Campo Grande. A funcionária é investigada pelo uso e senha de outro servidor da instituição para gerar dezenas de benefícios fraudulentos do Auxílio Emergencial – programa do Governo Federal criado no enfrentamento à crise causada pela pandemia.
A operação, denominada “Contritio Fiduciae”, deflagrada nesta terça-feira (28), servirá para aprofundar as investigações sobre as fraudes, segundo a Polícia Federal. Conforme a investigação, a funcionária era terceirizada da Caixa Econômica e realizava inserções ou alterações de benefícios de auxílio emergencial no sistema informatizado.
A mulher gerou dezenas de benefícios fraudulentos em benefício próprio e de terceiros, que também participavam do esquema e são investigados. O prejuízo com o golpe à União ainda é contabilizado pela Polícia Federal.
A operação tem este nome “Contritio Fiduciae” em alusão à quebra de confiança com a qual agiu a servidora ao utilizar a senha de funcionário da Caixa para promover a invasão de área restrita da instituição financeira e modificar dados para a realização das fraudes.
A conduta pode importar nos crimes de peculato, modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações e estelionato.
Em nota, a Caixa respondeu que "atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção e combate a fraudes e golpes. O banco esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes".
Matéria editada às 12h19 de 29 de junho para acréscimo de informações