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Interior

Caminhões-pipa da prefeitura abastecem cisternas da reserva indígena

Helio de Freitas, de Dourados | 27/10/2014 10:33
Caminhão-pipa abastece cisterna da reserva de Dourados, onde falta de manutenção de rede deixou índios sem água (Foto: Hedio Fazan/O Progresso)
Caminhão-pipa abastece cisterna da reserva de Dourados, onde falta de manutenção de rede deixou índios sem água (Foto: Hedio Fazan/O Progresso)

Caminhões-pipa da prefeitura começaram no fim de semana a abastecer as cisternas instaladas na reserva indígena de Dourados, a 233 km de Campo Grande, onde quase 80% da população enfrenta falta de água há vários dias.

O principal motivo para o desabastecimento, segundo lideranças das aldeias Bororó e Jaguapiru, seria a falta de manutenção da rede de distribuição, de responsabilidade da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do governo federal.

Sem material para fazer a manutenção, a equipe local da Sesai não consegue garantir que a água chegue a todas as torneiras instaladas na reserva, situação que obriga milhares de índios a caminharem vários quilômetros todos os dias para pegar água nas torneiras que ainda não estão secas ou em córregos e açudes. Além disso, erros técnicos cometidos durante a instalação da rede impedem que a água chegue a muitas torneiras.

Conforme reportagem do jornal “O Progresso” desta segunda-feira, a ordem para que os caminhões-pipa abasteçam as cisternas partiu do prefeito Murilo Zauith (PSB). Ele também pediu que o vereador Aguilera de Souza, representante da comunidade indígena na Câmara Municipal, acompanhe o serviço e não deixe faltar água para os 12 mil moradores da reserva. "Embora não seja responsabilidade da administração municipal, o prefeito quer amenizar essa crise de água", afirmou Aguilera.

O vereador informou ao jornal douradense que a Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas, órgão da prefeitura local, vai fazer uma “força-tarefa” para tentar acabar com a falta de água nas aldeias. “A proposta da Coordenadoria é ter um poço artesiano para cada grupo de 300 famílias”, afirmou Aguilera.

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