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Interior

Circo é “barrado” pela prefeitura e moradores se revoltam em Bonito

Artistas do espetáculo se assustaram com alvará de R$ 8 mil solicitado pela administração

Por Alison Silva | 15/01/2024 19:00
Moradores da cidade reclamam da admistração de Bonito em rede social (Foto: Divulgação)
Moradores da cidade reclamam da admistração de Bonito em rede social (Foto: Divulgação)

Os moradores de Bonito, cidade distante 260 km de Campo Grande, estão revoltados com a Prefeitura Municipal por barrar os artistas do “Pipokinha Circo Show” de se apresentarem por lá. Com data de estreia prevista para a última sexta-feira (12), os artistas se assustaram com o alvará de quase R$ 8 mil pedido pela administração para que o circo entrasse em funcionamento. A informação foi divulgada pela equipe nas redes sociais e revoltou a população.

“Trazer João Bosco e Vinícius para deixar a praça nojenta (...) com várias serpentinas que servem para ninho e pouso de aves pode. Mas liberar um circo humilde não pode”, disse uma internauta. Em outro momento, outra pessoa diz: “Não pode carnaval. Não pode circo. Pode o quê? Esgoto na rua? Derrubar área verde?”

Procurado pelo Campo Grande News, o palhaço Roger Alexssandro Rodrigues, de 31 anos, responsável pela estrutura, disse que espera resolver todo o imbróglio já nesta terça-feira (16) e pretende conseguir um acordo com a administração, seja para reduzir o valor do alvará ou mesmo para tentar converter os valores em ingressos para pessoas carentes.

“Não temos condições de arcar com todo esse dinheiro. Normalmente nos apresentamos em troca de ingressos gratuitos, ou com licenças de até R$ 500, esse valor (R$ 8 mil) é inviável”, disse o sul-mato-grossense de São Gabriel do Oeste, que se apresenta junto de outras oito pessoas da família por todo o Estado.

Publicação feita pelo Circo Pipokinha Show nas redes sociais (Foto: Reprodução)
Publicação feita pelo Circo Pipokinha Show nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Perguntado sobre a confusão, ele disse que foi ao município em dezembro do ano passado para conseguir todas as demais autorizações necessárias com bombeiro, vigilância sanitária e PMA (Polícia Militar Ambiental), esta conquistada recentemente. Ele disse que o impasse com a prefeitura ocorreu porque a administração da cidade atende a população até por volta das 13h.

No caso, Roger falou que a liberação da Polícia Militar Ambiental foi conseguida já no período da tarde, momento em que não poderia mais ser atendido. “Já gastamos bastante. Alugamos um terreno para se apresentar, além de combustível, comida, ligação de água e luz, esperamos resolver isso o quanto antes”, falou.

Com contratos e pagamentos já vigentes desde a última sexta-feira, então data de estreia, ele disse que caso o acordo com a prefeitura não seja viável, a intenção é pagar cerca de R$ 2 mil para que o alvará de funcionamento seja concedido pelo menos até o próximo domingo (21).

“Dependendo do valor que nos cobrarem não compensa (ficar). Temos 300 lugares, mas não é garantia de que vamos lotar todas as noites”, finalizou. Os ingressos custam R$ 10 por criança e R$ 15 adulto.

Panfleto de estreia dos artistas, divulgado na sexta-feira passada (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
Panfleto de estreia dos artistas, divulgado na sexta-feira passada (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Bonito. Em viagem, o prefeito Josmail Rodrigues (PSDB) orientou que a reportagem buscasse contato com o setor tributário do município, até a publicação da matéria, sem retorno. O espaço segue aberto.

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