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Interior

Comissão da Câmara vistoria hospital de urgência e vê déficit em faturamento

Para vereadores, faturamento do Hospital da Vida poderia ser de R$ 55 milhões, mas soma apenas R$ 7 milhões ao ano

Helio de Freitas, de Dourados | 05/05/2017 13:45
Vereadores conversam com diretores do hospital (Foto: Thiago Morais/Divulgação)
Vereadores conversam com diretores do hospital (Foto: Thiago Morais/Divulgação)

Durante vistoria no Hospital da Vida, em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, a Comissão de Higiene e Saúde da Câmara dos Vereadores constatou déficit no faturamento da unidade de urgência e emergência que atende moradores de 30 municípios da região.

Conforme o presidente da comissão, vereador Pedro Pepa (DEM), anualmente o hospital registra R$ 7 milhões em faturamento, sendo que unidades do mesmo porte de outros estados somam até R$ 55 milhões.

Informada pelo diretor da Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), Renan Robles Hadykian, de que o faturamento fica abaixo da média, a comissão avaliou que a situação preocupa.

Para Pedro Pepa, unidade do porte do Hospital da Vida deveria faturar entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões por ano. “Esse déficit ocorre por conta de prontuários incompletos”, afirmou. O vereador Cirilo Ramão (PMDB) também acompanhou a vistoria.

Segundo o presidente da comissão, o Ministério da Saúde retorna 20% do faturamento total do hospital para a própria unidade. Com o faturamento baixo, o hospital está perdendo investimentos. “Nós precisamos aumentar isso. Não podemos perder o que é de competência nossa”.

A comissão anunciou que vai intensificar a fiscalização, para que laudos e protocolos, entre outros documentos, sejam corretamente preenchidos, já que o faturamento é calculado a partir desses relatórios.

Conforme o diretor da Funsaud, o hospital possui déficit de R$ 9 milhões e que a prefeitura faz repasse de R$ 4,3 milhões para gestão da unidade e UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Entretanto, o gasto do hospital chega a R$ 6 milhões.

Superlotação – Outro problema verificado pela comissão é a superlotação para pacientes internados que aguardam cirurgias. O hospital tem capacidade para 33 pessoas, mas atualmente existem 52 atendidos na unidade, sendo que quatro deveriam estar no Hospital Universitário e um paciente, de nefrologia, no Hospital Evangélico.

“Questionamos o tempo de internação, se estão cumprindo as portarias do Ministério da Saúde e estão respeitando a carga horária. Esta visita é para um acompanhamento mais próximo”, afirmou Pedro Pepa.

O estoque e compra de medicamentos e insumos também serão fiscalizados pelos vereadores. “Vamos definitivamente cobrar o cumprimento das metas qualitativas e quantitativas e o que precisa ser cumprido, conforme portarias do Ministério da Saúde. A comissão vai desenvolver nosso papel”, completou o vereador.

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