Em briga por terra, indígenas atiram em policiais paraguaios na fronteira
Equipes da Polícia Nacional e do MP foram atacadas por homens armados em Corpus Christi, perto de MS
Equipes da Polícia Nacional do Paraguai e do Ministério Público daquele país foram atacadas a tiros na tarde desta quarta-feira (13) nos arredores de Corpus Christi, povoado localizado a menos de 40 km de Paranhos (MS). Segundo a imprensa paraguaia, indígenas paraguaios que lutam por demarcações de terras na linha internacional seriam os autores dos tiros.
O atentado ocorreu no mesmo local onde, no dia 8 do mês passado, um trator e uma semeadeira foram incendiados pelos nativos. Por volta de meio-dia de hoje, policiais e equipes do Ministério Público seguiam para a propriedade ocupada pelos indígenas quando foram atacados.
Estavam na equipe os promotores Ramón Javier Ferreira e Oscar Paredes, além dos comissários da Polícia Nacional Roque Cañete e Aldo Morel. Segundo o Ministério Público, os promotores e policiais pretendiam chegar ao acampamento para conversar com os líderes da ocupação e tentar convencê-los a deixar a fazenda.
A advogada Michelle Bettancourt, representante da empresa Alsa S/A, proprietária das terras, disse ao jornal ABC Color que os tiros foram disparados com armas automáticas e tinham a comitiva como alvo. Entretanto, ninguém foi atingido.
A propriedade tem 1.560 hectares. Cem deles são formados por florestas e foram ocupados pelos indígenas. Os representantes da empresa acusam os indígenas de se associarem a traficantes de drogas para uso das matas para plantio de maconha e pouso de aviões com cocaína. Os nativos alegam que as terras são de ocupação histórica e por isso pertencem a eles.
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