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Interior

Operação do Gaeco fecha Câmara para apurar farra das diárias

Viviane Oliveira | 04/11/2014 08:37
A operação denominada Viajantes foi deflagrada nesta manhã. (Foto: Rio Pardo News)
A operação denominada Viajantes foi deflagrada nesta manhã. (Foto: Rio Pardo News)
Um dos alvos da ação é a Câmara Municipal do município, que foi interditada nesta manhã. (Foto: Rio Pardo News)
Um dos alvos da ação é a Câmara Municipal do município, que foi interditada nesta manhã. (Foto: Rio Pardo News)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a Promotoria de Justiça deflagraram, na manhã de hoje (4), a Operação Viajantes, em Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. Ao todo, serão cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, sendo 13 na cidade e um em Campo Grande. Um dos alvos da ação é a Câmara Municipal do município, que foi interditada nesta manhã.

De acordo com o Gaeco, a operação é resultado de investigação conduzida pela Promotoria de Justiça, que apurou irregularidades no pagamento de diárias a vereadores e servidores. Conforme revelou a investigação, os políticos teriam forjado viagens e participação em eventos e reuniões fora do município, para receberem indevidamente valores relativos a diárias.

No mês passado, a Justiça já havia determinado que o presidente da Câmara Municipal suspendesse o pagamento de diárias aos parlamentares, em razão dos indícios de irregularidade. Conforme o órgão, de janeiro a setembro do ano passado, o legislativo teria consumido cerca de R$ 523,4 mil de recursos públicos com o pagamento de diárias, que chegariam ao valor de R$ 750 para cada dia de deslocamento dentro de Mato Grosso do Sul e R$ 1,5 mil para cada viagem fora do Estado.

Ainda foi constatado durante investigação, a existência de gastos excessivos realizados pela Câmara com empresas terceirizadas de publicidade, informática, assessorias contábeis e jurídicas, cujos valores ultrapassam mais de R$ 3,5 milhões.

A operação conta com a participação de 20 policiais militares do Gaeco, dois promotores de Justiça, que estão fazendo buscas em gabinetes e residências de vereadores e servidores da Câmara Municipal, além da sede de uma empresa em Campo Grande.

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