Paraguai oferece recompensa milionária por líderes de grupo terrorista
Medida é outra tentativa do governo em conseguir informações sobre guerrilheiros
O governo do Paraguai ofereceu recompensa em dinheiro a quem revelar informações que possam levar aos quatro principais líderes do grupo terrorista EPP (Exército do Povo Paraguaio).
A recompensa de 1 bilhão de guaranis - em torno de R$ 1.200 - para cada um dos líderes é a mais nova manobra do governo de Mario Abdo Benítez para tentar chegar aos guerrilheiros que há cinco dias sequestraram o ex-vice-presidente do Paraguai Óscar Denis Sánchez, 74.
Junto com o empregado Adelio Mendoza, 21, o ex-político foi levado de sua propriedade, a Fazenda Tranquerita, localizada na região entre os departamentos de Concepción e Amambay, a 60 km de Ponta Porã (MS).
O governo promete pagar recompensa a quem der informações que levem ao paradeiro de Osvaldo Daniel Villalba, Manuel Cristaldo Mieres, Esteban Marín López e Luciano Argüello.
Essa não é a primeira vez que o governo oferece prêmio em dinheiro por informações sobre os líderes guerrilheiros. Sempre depois que o grupo armado faz ataques a fazendas e forças policiais, o governo recorre à estratégia, mas até agora não conseguiu prender esses quatro líderes.
No fim de semana, como condição para libertar Óscar e Adelio, o EPP exigiu a soltura Carmen Villalba e Alcides Oviedo. O prazo dado pelo grupo terminou ontem à noite, mas os líderes presos não foram soltos.
As buscas de militares da FTC (Força-Tarefa Conjunta) aos sequestrados continuam com apoio de índios da comunidade Pãi Tavyterã, da qual Adelio faz parte.