PCC declarou guerra para assumir o tráfico na fronteira, segundo jornal
A insegurança e medo de novos ataques estão instalados na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai desde ontem, quando cinco pessoas foram mortas com cerca de 100 disparos de fuzil e pistola em Paranhos - distante 469 km de Campo Grande. A chacina é resultado da guerra desencadeada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para assumir o comando do tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, segundo o jornal paraguaio ABC Color.
Segundo o jornal ABC Color, testemunhas afirmam que o ataque pode desencadear uma guerra no mundo do crime. Isso por que entre os mortos está Arnaldo Andrés Alderete Peralta, conhecido como narcotraficante de Ypejhú, cidade vizinha a Paranhos.
Ainda de acordo com o jornal, a região é dominada por pessoas comandadas pelo ex-prefeito de Ypejhú, Vilmar Acosta Marques, conhecido como "Neneco", e a ação de ontem seria o primeiro conflito entre eles e o PCC. Neneco é acusado de matar o jornalista Pablo Medina Velázquez do jornal ABC Color, está preso na Polícia Federal de Campo Grande e aguarda a conclusão do processo de extradição no Supremo Tribunal Federal.
A disputa pelo comando do narcotráfico do local não é recente nas manchetes policiais.
Caso - Cinco pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas em uma chacina ontem, na rua Marechal Deodoro, em frente a Padaria Bahamas, no Centro de Paranhos. Moradores do município estão assustados com as mortes e com medo de que novos ataques aconteçam.
Em respeito as famílias das vítimas, a prefeitura decretou luto de três dias no município. Das cinco vítimas fatais, Bruno Vieira de Oliveira, de 26 anos, morava em Paranhos. Mohamed Youssef Neto, de 31 anos, residia em Minas Gerais, enquanto Arnaldo Andres Alderete Peralta, 32 anos e Rodrigo da Silva,28, eram moradores de Ypejhú, cidade paraguaia, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul.
A Polícia não informou oficialmente onde morava Denis Gustavo,24 anos. Já Anderson Cristiano, 27 anos e Diego Zacarias Alderete Peralta de 26 anos, que ficaram feridos e ainda estão internados, seriam residentes em Ypejhú.