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Interior

Polícia faz cerco para evitar que assassino de ator fuja para o Paraguai

Investigações apontam que desde a última terça-feira o criminoso tenta chegar de carona ao País vizinho

Clayton Neves e Helio de Freitas, de Dourados | 02/11/2020 18:30
Fotos dois documentos: à esquerda como Paulo Cupertino e à direita como Manoel. (Foto: Reprodução)
Fotos dois documentos: à esquerda como Paulo Cupertino e à direita como Manoel. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul faz cerco entre Eldorado e Ponta Porã para evitar que Paulo Cupertino Matias conclua plano de fuga e entre no Paraguai. Segundo investigações, desde a última terça-feira (27) o assassino do ator Rafael Miguel e dos pais tenta chegar ao País vizinho de carona.

Nesta segunda-feira (2) surgiram boatos, não confirmados pela polícia, de que o assassino teria sido visto tentado chegar a Dourados. Mesmo sem confirmação, policiais douradenses investigam o caso.

Ao Campo Grande News, o delegado regional da Polícia Civil em Dourados, Lupércio Degerone, disse que não existe qualquer informação oriunda de fonte confiável de que Cupertino tenha sido visto na cidade. “De qualquer forma, desde quando fomos informados, a Polícia Civil de Dourados monitora a situação, em razão dessa possibilidade”.

Reportagem exibida nesta segunda-feira (2) pelo programa Cidade Alerta, da TV Record, mostrou o sítio onde o criminoso estava escondido desde Agosto. Com 90 metros quadrados, a propriedade no Assentamento Floresta Branca era um lugar tranquilo e confortável.

O foragido foi levado ao local por Alfonso Helfenstein, preso em 2008 com 300 quilos de maconha. Lá, foi apresentado como Manoel Machado da Silva, o novo ajudante da propriedade.

Para despistar, Helfenstein disse aos funcionários que o novato havia se separado e que estava sofrendo. Por isso, pediu para que ninguém o questionasse sobre detalhes da vida pessoa.

Na reportagem, pessoas que tiveram contato com “Manoel” afirmam que ele era “um cara do bem” e distante de qualquer suspeita. Pouco comunicativo, trabalhava como caseiro e recebia R$ 800 para cuidar do gado e ajudar a manter o funcionamento do local. Para complementar a renda, fazia sanduíches que vendia a agricultores da região.

Nas idas até a o centro da cidade, quando ia ao posto de saúde e barbearia, por exemplo, o foragido não deixava de usar máscara sobre o rosto para reduzir ainda mais as chances de ser reconhecido.

Enquanto esteve na propriedade rural, Cupertino comemorou Natal, Ano Novo e levava vida pacata. Para afastar as chances de ser identificado, apagou tatuagem com a palavra “marginal”, que tinha em um dos braços. Sobre a escrita, tatuou o desenho de uma carreta.

Agora, a polícia quer saber a mando de quem Alfonso Helfenstein abrigou o assassino durante todo o tempo em que ficou escondido em Eldorado. Segundo investigações, o comparsa chegou a usar documento falso para comprar celular dado para Paulo Cupertino usar.

O caso - Rafael Miguel, 22 anos, e os pais João Alcisio e Miriam Selma foram assassinados a tiros no dia 9 de junho de 2019, em São Paulo. A família foi surpreendida por Cupertino ao chegar à casa da namorada do ator, filha do comerciante. O pai da jovem não aceitava o relacionamento.  Denúncias podem ser feitas por meio do telefone (011) 3311-3950.

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