Quase um terço dos presos da maior unidade penal do MS são do PCC
A maior unidade penal de Mato Grosso do Sul, a PED (Penitenciária Estadual de Dourados), conta atualmente com 730 presos identificados como membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), número que representa quase um terço do total de presos que estão no local atualmente.
Conforme divulgou nesta quarta-feira (22) o MPE (Ministério Público Estadual), há 730 presos no local que são integrantes do PCC, que voltou à pauta em Mato Grosso do Sul devido a "guerra" pelo confronto do tráfico na fronteira entre Paraguai e Brasil, evidenciada pela morte do narcotraficante Jorge Rafaat, chamado de "Rei da Fronteira".
Atualmente, a massa carcerária da PED é superior a 2,4 mil presos, e os 730 presos ligados à facção criminosa que iniciou suas atividades nos presídios do Estado de São Paulo, nos anos 90, representa 30% do total. O total de membros do PCC na penitenciária também já ultrapassa o capacidade máxima do local, que é de 718 presos - superlotação de 234%.
Segundo o Ministério Público, a atuação destas facções em Mato Grosso do Sul é investigada pelo órgão desde que elas se instalaram aqui, sendo realizadas constantes ações em diversas promotorias para combatê-las, sobretudo contra o tráfico de drogas, roubos, furtos, e receptação de veículos e cargas.
Segundo o promotor João Linhares Júnior, titular da 4ª Promotoria de Dourados, faz anos que organizações criminosas como o PCC, Comando Vermelho (CV) e “Amigos dos Amigos” (ADA), mostram-se intensamente interessadas em comandar o mercado criminoso dessa área de fronteira com o Paraguai, sendo que, algumas vezes, mesmo sendo rivais, aliam entre si.