Réu por feminicídio, advogado tentou alterar cena do crime para enganar polícia
Atualmente, o advogado está no Presídio Militar, onde há alojamento adequado para profissionais do Direito
Réu por matar a namorada e jogar o corpo em milharal, o advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, alterou a cena do crime para ludibriar a polícia e a Justiça. O corpo de Fernanda Daniele Santos, de 36 anos, ex-presidente do PSL de nova Andradina, foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã.
A vítima foi degolada e o corpo arrastado para o local. "Depois, com intuito de induzir perito e juiz a erro, o denunciado alterou o estado do corpo da vítima após o crime, limpando seus antebraços e retirando seu pertences que pudessem identificá-la", segundo consta na denúncia do MP/MS (Ministério Público Mato Grosso do Sul).
Ainda conforme o Ministério Público, ao chegar em casa, em Nova Andradina, o advogado limpou os vestígios de sangue que ficaram no veículo Ford/Fusion, de cor preta, lavou os panos utilizados na limpeza e as roupas que vestia quando matou Fernanda. “O denunciado e a vítima mantinham relação íntima havia mais de 1 ano e 8 meses, tinham, inclusive, contrato de união estável, fazendo planos de se casarem”.
Preso desde o dia 2 de maio, Alexandre passou mal por duas vezes. Atualmente, o advogado está no Presídio Militar de Campo Grande, onde há alojamento adequado para profissionais do Direito. Prints de mensagens trocadas pela vítima reforçam a tese de que ciúmes foi a principal motivação para a morte de Fernanda.
O advogado foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver: as qualificadoras são feminicídio, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.