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Interior

Sob ameaça de "caos na saúde", Aquidauana cancela Carnaval deste ano

Crescimento nos índices de pessoas com sintomas gripais influenciou decisão, informou secretária de Saúde

Cleber Gellio | 25/01/2022 12:14
Carnaval Ecológico de Piraputanga, distrito de Aquidauana, reuniu foliões em 2020. (Foto: Divulgação)
Carnaval Ecológico de Piraputanga, distrito de Aquidauana, reuniu foliões em 2020. (Foto: Divulgação)

Em decisão tomada nesta segunda-feira (24), a prefeitura de Aquidauana, a 135km de Campo Grande, cancelou a folia de 2022. A medida levou em conta a preocupação das autoridades de saúde com o crescimento no número de pessoas com sintomas respiratórios, além da circulação do vírus de covid-19.

De acordo com a secretária Municipal de Saúde, Cláudia Franco Fernandes Souza, a decisão foi tomada em reunião com o prefeito Odilon Ribeiro (PSDB), que entendeu a atual situação a ser enfrentada pela administração local. "Caso não tivéssemos tomado essa decisão, o município poderia sofrer um caos na saúde; sentamos, apresentamos os dados e ponderamos que seria melhor não realizar o Carnaval”.

Segundo a secretária, todos os eventos que seriam realizados pela prefeitura estão cancelados. Quanto aos eventos privados ela informa que “o momento é de cautela, uma vez que a estrutura de saúde da cidade pode ser comprometida caso haja novas aglomerações no período de Carnaval”.

“Estamos com um número muito grande de servidores da saúde, incluindo médicos, afastados do trabalho e já atinge os 17% do nosso efetivo". Cláudia Franco também citou a dificuldade de se contratar profissionais da Saúde no ritmo necessário. "Conseguimos reforçar nosso quadro com três médicos e, ainda assim, a demanda não para de crescer”.

A secretária acrescentou que os testes de covid-19 estão sendo realizados apenas no sistema público, o que também pressiona o SUS.

Caso empresas particulares queiram realizar festas no período de Carnaval, o grupo técnico da prefeitura irá avaliar cada caso e que eles devem ficar responsáveis pelas medidas de biossegurança. “Vamos voltar com a fiscalização e estudar a possibilidade de público reduzido em pelo menos 50%, além de todas as medidas de biossegurança já adotadas. É uma decisão difícil, porque muitos trabalhadores dependem exclusivamente desta atividade”, finaliza.

Atualmente, o município conta com 10 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), sendo dois exclusivos para pacientes diagnosticados com covid-19. Um deles também já está ocupado e o restante por pessoas de diferentes agravos.

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