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Interior

Tia reconhece blusa, mas polícia espera DNA para identificação de ossada

Polícia encontrou ossada humana nesta terça-feira (20); suspeita é que seja de jovem desaparecida há 10 meses

Dayene Paz e Helio de Freitas, de Dourados | 21/09/2022 09:22
Roupas encontradas junto com ossada. (Foto: Rio Brilhante em Tempo Real)
Roupas encontradas junto com ossada. (Foto: Rio Brilhante em Tempo Real)

Uma blusa que estava junto com a ossada encontrada em uma fossa no quintal de residência localizada no bairro Antônio Barbosa, em Rio Brilhante, a 161 km de Campo Grande, foi reconhecida por uma tia de Nayara Maria da Silva, 27 anos. No entanto, a Polícia Civil irá confrontar DNA para comprovar se os restos mortais são mesmo da jovem desaparecida há 10 meses.

A casa onde a ossada e roupas femininas foram encontradas era endereço de Emanuel Rufino Alves, 56 anos. Ele está preso desde dezembro do ano passado por matar um homem em Rio Brilhante e agora passa a ser suspeito também de ter assassinado Nayara e jogado o corpo na fossa.

A delegada Daniele Felismino explicou que um carregador também foi encontrado junto com a ossada e que também pode ser da vítima. A tia da jovem foi ouvida pela delegada ontem mesmo e confirmou que reconheceu o body (blusa), porque foi ela quem deu para Nayara.

Agora, o familiar mais próximo será levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Dourados, para ser recolhida a amostra de DNA. "Além disso iremos ouvir o Emanuel ainda esta semana", ponderou Daniele.

A delegada também disse que não descarta nenhuma linha de investigação. Entre as possibilidades é o envolvimento com o tráfico de drogas, já que a vítima era usuária e teria desaparecido ao sair para comprar entorpecente.

O suspeito, Emanuel Rufino Alves está recolhido no Estabelecimento Penal Masculino de Rio Brilhante pelo assassinato do ex-presidiário Jacson Senher Alcântara, 30. Baleado no rosto no dia 3 de dezembro de 2021, Jacson morreu nove dias depois no Hospital da Vida, em Dourados.

No dia que foi preso, Emanuel bateu a cabeça de propósito dentro da viatura e se feriu, por isso o sangue. (Foto: Adilson Domingos)
No dia que foi preso, Emanuel bateu a cabeça de propósito dentro da viatura e se feriu, por isso o sangue. (Foto: Adilson Domingos)

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público no dia 12 de julho, Jacson era dependente químico e tinha dívida de droga com Emanuel. Além disso, ainda segundo a investigação, os dois viraram inimigos após descobrirem que mantinham relacionamento com a mesma mulher.

Na noite do crime, Emanuel foi de carro e armado até o local onde Jacson estava com a mulher e ficou de tocaia. Assim que o rival saiu da casa, foi alvejado no rosto. Mesmo ferido, Jacson saiu correndo e foi perseguido pelo autor. A vítima conseguiu se esconder em uma igreja evangélica e foi socorrido pelo pastor.

Arma - Quando foi preso, três dias após matar Jacson, Emanuel estava com um revólver calibre 38. A Polícia Civil investiga se a arma encontrada é a mesma utilizada no homicídio.


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