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Cidades

MS é estado que menos devastou Mata Atlântica desde 2008

Redação | 04/06/2010 14:10

Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro que menos desmatou áreas florestais da Mata Atlântica, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da Organização SOS Mata Atlântica. De acordo com os dados obtidos por satélites, foram desmatados no Estado pelo menos 154 hectares, perda de 0,04% da área total do bioma.

O bioma Mata Atlântica em Mato Grosso do Sul é encontrado principalmente nas regiões Sul (com grande áreas utilizadas na agricultura e pecuária), Sudeste (região com menor indice de povoamento e desenvolvimento) e em pequenas parcelas do Pantanal.

Em termos de porcentagem, Mato Grosso do Sul só fica atrás do Espírito Santo, onde foram derrubados 0,03% da mata remanescente. Minas Gerais, campeão de desmatamento, perdeu 12.524 hectares, 0,47% da vegetação do bioma. Santa Catarina, segundo colocado, perdeu 2.699 hectares, o que corresponde a 1,19%.

Os estados do Nordeste ainda não puderam ser incluídos nesta atualização devido aos elevados índices de cobertura de nuvens, mas os dados da região serão finalizados ainda este ano.

Para a realização da sexta edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, foram avaliados 94.912.769 hectares, ou 72% da área total do Bioma Mata Atlântica, que incluem tanto áreas urbanas quanto áreas florestais remanescentes.

Foram avaliados os estados de Goiás, Minas Gerais (em 80%), Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul (em 80%), Paraná (em 90%), Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A pesquisa revelou que no período de 2008 a 2010 foram desmatados pelo menos 20.867 hectares de cobertura florestal nativa, ou a metade do município de Curitiba, no Paraná. Na tabela do desmatamento ainda aparecem Paraná, que perdeu 2.149 hectares, Rio Grande do Sul, com 1.897, São Paulo, com 743, Rio de Janeiro, com 315, Goiás, com 161 e Espírito Santo, com 160 hectares.

A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa atlântica do país, atingindo áreas da Argentina e do Paraguai nas regiões sudeste e sul. A floresta abrangia originalmente 1.315.460 km² no território brasileiro. Seus limites originais contemplavam áreas do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A Mata Atlântica abriga parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente no meio científico é também um dos biomas mais ameaçados do mundo devido às constantes agressões ou ameaças de destruição dos habitats nas suas variadas tipologias e ecossistemas associados.

Existem hoje no país apenas 7,9% de remanescentes florestais em áreas acima de 100 hectares em comparação ao que havia originalmente. Este total desconsidera a área do Bioma Mata Atlântica do estado do Piauí, que até o momento não foi mapeado. Considerando todos os fragmentos de floresta acima de três hectares, temos 11,4% de cobertura florestal nativa.

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