Policial foi executado a tiros de revólver e pistola, diz acusado
Os suspeitos de executar o policial Rony Maykon Varoni de Moura da Silva, 28 anos, foram caçados pela Polícia Militar em três bairros de Campo Grande e no interior do Estado. O crime ocorreu na tarde do dia 3 de junho, na saída da cidade para Aquidauana. Um dos acusados confessou que o policial foi morto por tiros de revólver e pistola.
Até o momento seis envolvidos foram identificados pela polícia. Quatro deles estão presos, um foi morto em troca de tiros com a polícia e outro está foragido.
Clebson de Lima Vilhagra, 35 anos, Kelvin Willian Santarosa da Silva, 21, Johny Franks Vargas Maia, 21, e Rafael Fernandes de Quadros, 23, estão presos em Campo Grande. O quinto suspeito de integrar do bando, Everton Rosa da Silva, 17, morreu no sábado (7). Segundo a polícia, ele foi atingido depois de reagir aos policiais do Batalhão de Choque da PM que o localizaram. O sexto associado ao crime foi identificado apenas como Alexandre e está foragido.
Caçada – A busca aos bandidos começou na tarde do sábado, quando a polícia teve informações de que Everton, Kelvin e Rafael estavam escondidos em uma casa da Rua Taumaturgo, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Por volta das 19h30, equipes do Batalhão de Choque foram ao local e encontraram um jovem fugindo a pé.
Os militares constataram que Everton corria da viatura, conforme as investigações. Em determinado momento, segundo relatado pelos policiais, o adolescente investiu contra a equipe e teve início o confronto. O jovem acabou baleado e morreu no Hospital Regional, para onde foi levado.
A partir desse instante, a ação se intensificou. Rafael e Kelvin, sabendo do embate entre os policiais e o adolescente, utilizaram um GM Kadet para fugir.
Entretanto, os policiais tomaram conhecimento de que os dois seguiam em direção ao Paraguai e emitiram um alerta sobre a fuga dos suspeitos junto aos órgãos de segurança pública.
O veículo da dupla acabou sendo abordado por uma equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-267, em Guia Lopes da Laguna – a 227 quilômetros da Capital – por volta de 23h30 de sábado, ou seja, quatro horas depois do confronto no Aero Rancho, e os dois acabaram presos.
Acidente – Após o comunicado da prisão, equipes do Batalhão de Choque foram ao município do interior para trazer os suspeitos à Capital. Na viagem de volta, ainda na BR-267, próximo ao município de Maracaju, a viatura militar se envolveu em uma acidente e capotou na rodovia.
Os suspeitos capturados e dois policiais que ocupavam o veículo sofreram lesões leves. Todos foram encaminhados ao Hospital Soriano Correia da Silva, em Maracaju. Lá eles foram atendidos e liberados.
Confissão do crime – Já em Campo Grande, segundo o relato policial, Rafael confessou que participou do latrocínio – roubo seguido de morte – do policial Rony. Ele ainda afirmou que contou com a ajuda de Alexandre, Everton, Kelvin e Willian; e disse que o militar foi morto por tiros de duas armas, uma pistola e um revólver.
Duas motocicletas foram utilizadas na ação. Alexandre e Kelvin ocupavam uma Honda Titan e Rafael e Everton uma Honda Twister. Ainda conforme Rafael, Kelvin e o adolescente, que estavam nas garupas dos veículos, atiraram no policial.
Depois de preso, Kelvin também também revelou detalhes da ação. Ele contou que o Everton comprou as armas de fogo com Johny. Esse, por sua vez, quando soube das diligências policiais, tentou fugir para o interior, mas foi flagrado no posto policial de Sidrolândia – a 71 quilômetros de Campo Grande.
Johny foi preso e contou que uma das armas utilizada para matar Rony estava escondida na casa de Clebson. No local, que fica nos fundos de uma oficina de motos na Rua Raquel de Queiroz, no Aero Rancho, a polícia encontrou uma pistola em cima do guarda-roupa. O dono da residência contou que a arma era de Kelvin, mas acabou preso.
Os policiais ainda foram à casa de Alexandre, que fica na Rua José Gilberto Abuassan, na Vila Almeida. Entretanto, o suspeito não estava no local. Uma das motos utilizadas no crime, a Twister, foi deixada como garantia de negócio feito por Kelvin em uma casa da Travessa Baturité, também no Aero Rancho.