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Cidades

SAMU é acusado de negar relatório de atendimento por contenção de gastos

Evelyn Souza | 03/08/2013 11:51
Samu nega relatório e alega que prefeitura determinou contenção de gastos (Foto: Arquivo)
Samu nega relatório e alega que prefeitura determinou contenção de gastos (Foto: Arquivo)

Um homem de 77 anos procurou a Polícia depois que o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demorou duas horas para atender uma ocorrência e se recusou a fornecer uma cópia do relatório de atendimento, por contenção de gastos da prefeitura de Campo Grande.

Segundo Catharino de Almeida, familiares acionaram o SAMU às 6h desse sábado (3), depois que o afilhado dele, Cláudio César da Silva, 41 anos, que sofria de epilepsia foi encontrado morto, sem sinais de violência no corpo.

De acordo com o boletim de ocorrência, a ambulância do SAMU só chegou ao local, que fica na Vila Taquarussu, às 8h.

“Um médico se identificou como Carlos, CRM 1632/MS e disse que não poderia deixar uma cópia do relatório porque a prefeitura está em contenção de gastos. Disse que a gente poderia acionar a funerária”, explicou o comunicante a Polícia.

Quando foi registrar o boletim de ocorrência da morte do enteado, o investigador da delegacia pediu para que Catharino apresentasse o relatório do SAMU. Ele explicou o que havia acontecido e o plantonista da delegacia entrou em contato com o médico.

Durante conversa pelo telefone, segundo boletim policial, o doutor Carlos foi irônico e respondeu que o SAMU não tinha ambulâncias nem para atender os vivos, quem diria os mortos. O médico ficou de preencher o relatório e disse que o documento poderia ser retirado em seguida na central do SAMU, no bairro Pioneiros.

Porém, no relatório que ele disponibilizou não consta os horários de acionamento e chegada da ambulância, nem os procedimentos adotados durante o atendimento médico.

O caso foi registrado como morte natural na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

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