Vigia diz que ex de arquiteta voltou para empresa às 5h
O vigia Acácio Feitosa, de 57 anos, informou durante depoimento prestado nesta manhã que o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, de 42 anos, chegou à empresa de iluminação na rua José Antônio apenas entre as 4h40 e 5h da madrugada do dia 2 de julho, cerca de uma hora depois que o corpo da ex-mulher dele foi encontrado carbonizado dentro do carro em que o casal havia saído na noite anterior.
Feitosa foi ouvido na 4ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, onde são conduzidas as investigações. Ele detalhou que viu o empresário estacionar o carro dele, na José Antônio por volta das 5h, em frente da loja, e chegou a comentar que estava com insônia.
Com a declaração, o vigia chegou a questioná-lo sobre como estava com insônia se havia acabado de chegar. Depois disso, Luiz Afonso entrou na loja.
O vigia disse ainda que já havia passado pelo local várias vezes durante a madrugada fazendo ronda e não viu o carro do motorista na rua antes do horário informado à Polícia.
Esse depoimento difere da versão do empresário que está preso e é o único suspeito do crime. Ele contou que após ter brigado com a esposa deixou ela no residencial e foi para a empresa com seu veículo, à 1h.
Além disso, o delegado Wellington de Oliveira explica que, conforme o depoimento do primeiro porteiro do residencial a ser ouvido, a arquiteta não retornou naquela noite. A Polícia tenta montar a cronologia do crime e 16 pessoas foram ouvidas até o momento.
O outro porteiro do residencial Ilha Bela, na avenida Mato Grosso, Cláudio Pereira, de 40 anos, também prestou depoimento hoje. Ele contou que o empresário chegou ao local entre as 18h e 19h a pé. Como deixaram o local pela garagem, ele não soube dizer a que horas eles foram para a festa.
Hoje, o delegado formalizou o pedido da quebra do sigilo telefônico do empresário e do sigilo bancário do casal.