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Cidades

Ex-procurador Zeolla passa mal em interrogatório de testemunhas de defesa no Fórum.

Redação | 01/12/2010 18:26

O procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla passou mal, hoje pela manhã, durante depoimento de testemunhas de defesa prestado ao juiz Carlos Alberto Garcete, no Fórum de Campo Grande. Devido ao impasse, já que Zeolla também seria interrogado, o juiz designou novo interrogatório para ele, que será realizado na segunda-feira (6), às 8h30, no mesmo local. Ele é acusado de matar o sobrinho Cláudio Zeolla no dia 3 de março do ano passado.

Ricardo Trad, advogado de defesa de Zeolla, disse ao Campo Grande News que seis testemunhas a favor do procurador foram ouvidas hoje no Fórum: um médico neurologista, a empregada do pai do réu, dois sobrinhos e dois procuradores de Justiça que trabalhavam com Carlos Alberto.

Uma médica neurologista que atende Zeolla há mais de 15 anos também foi convocada a participar do interrogatório, mas como havia laudos dela no processo, acabou sendo dispensada, de acordo com Trad.

No depoimento da empregada que trabalhava na casa de Américo Zeolla, 87 anos, pai do procurador, ela disse que presenciou o dia em que Cláudio bateu no avo, que teve de ser socorrido até o Proncor. O fato aconteceu um dia antes de o rapaz ser assassinado pelo tio.

Os dois sobrinhos do réu disseram ao juiz que também presenciaram a agressão e o transtorno causado no tio, quando ele ficou sabendo do ocorrido. Já os dois procuradores de Justiça que trabalharam com Zeolla afirmaram que quando ele era promotor e até mesmo ao assumir o cargo de procurador, dava exemplo no trabalho, pois costumava exercer atividades fora do expediente.

Agora, de acordo com Ricardo Trad, o juiz Carlos Alberto Garcete ouvirá Zeolla na segunda-feira e, assim que o interrogatório acabar, o Ministério Público apresentará suas alegações finais e em seguida Garcete irá prolatar a sentença de pronúncia, quando julgará ou não admissível a acusação, determinando assim a remessa dos autos ao Tribunal do Júri.

Possivelmente, o julgamento do procurador deverá acontecer em fevereiro do ano que vem, prevê Ricardo Trad. No entanto, a defesa vai requerer nas alegações finais o afastamento da qualificadora do motivo torpe, ou seja, que o crime teria sido cometido por vingança.

Laudo assinado pelo renomado psiquiatra Guido Palomba aponta que Zeolla é semi-imputável, ou seja, tem consciência parcial de seus atos, e apresenta alta periculosidade social. Trad explica que no laudo também é apontado que seu cliente não estava em parcial capacidade para requerer o caráter do fato, quando o crime aconteceu.

O procurador aposentado retornou para a Clínica Carandá, onde está internado.

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