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De olho na TV

O bagunçado e voraz mercado local das rádios

Reinaldo Rosa | 19/05/2017 10:00

SENHORES PASSAGEIROS – Nivaldo Mota, João Flores, Miltinho Viana e Marcelo Nunes têm algo em comum. Foram revelados para o rádio de MS originários dos acanhados estúdios da antiga e velha Estação Rodoviária de Campo Grande. 

ONDE ANDAM – Manual de Redação existe (ou não) para ser respeitado. Redes sociais são territórios livres. Estranha-se o sumiço de jornalistas da TV Morena do Facebook; até aquelas fotos de viagens internacionais. Estranho.

MUITO PRAZER – Campo Grande é, no papel, cidade sede da AEMS (Associação de Emissoras de Rádio e Televisão de Mato Grosso do Sul). Também no papel, consta que o presidente da entidade é Rosário Congro Neto, que não abre suas portas nem para a limpeza do local. Guarda pó.

CARTEL – Fundada por Luis Lands de Farias, a AEMS nasceu sob escopo de cuidar de interesses patronais de emissoras de rádios locais. Choques de opiniões pessoais, políticas e familiares, colocaram a entidade no arquivo morto de pretensos administradores da comunicação.

COMPRA-SE EMENDAS – Antes do ‘Engavetador Geral da União’, José Ribamar Sarney tinha concessões de rádios como moeda de troca em sua administração. Vários detentores de poder e amigos dos amigos, na época, entraram no campo da comunicação pelas portas dos fundos.

LEVEI DIAS – Entre laranjas, atos rasteiros e a falta de tarimba dos contemplados para o mercado radiofônico, vários desses mimos mudaram de mãos e endereços. Com idênticas programações, empresários da comunicação buscam apenas a sobrevivência de seu naco.

ENXOFRE – Emissora de FM, com excelentes índices de audiência, mantém a mais cara inserção publicitária sem descuidar da qualidade de programação. É de fora de Mato Grosso do Sul, claro. Rádios locais disputam a tapa anunciantes sem pudor de diminuir preços em relação à concorrência. Às favas a ética.

EM OUTRA – Emissoras educativas concedidas a universidades têm, entre outras finalidades, criar futuros comunicadores para o mercado. ‘FM UFMS’ e ‘FM Uniderp’ disputam o ibope de audiência esquecendo-se de criar laboratório para seus alunos. Assim a banda toca.

VALE ISSO, ARNALDO? – Leis existem para serem descumpridas. Duas rádios educativas de Campo Grande preparam-se para entrar no mercado comercial e disputar o exíguo plantel de anunciantes com emissoras que têm décadas de existência em MS. Acorda AEMS.

TÃO NOVA – FM Educativa, sem laboratório para acadêmicos, acena com entrada para disputar o mercado comercial com emissoras idem. Confusão administrativa é tanta que já existem setores da rádio corredor afirmando que a emissora sairá do ar em breve.

VC NA COLUNA – “O Willian Waack apresentou o ‘Jornal da Globo’ como se estivesse em um enterro. A Globo está morrendo de vergonha”. Maurício Hugo Rodrigues.

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