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De olho na TV

Pabllo Vittar e as reações da crítica

Reinaldo Rosa | 18/12/2017 11:24

GÊNERO E GRAU - Produtor de Tim Maia, Fábio Junior, Mamonas Assassinas, ente outros, Arnaldo Saccomani classifica Pabllo Vittar como “a grande fraude da música brasileira e fruto da miséria cultural que assola o país”. Que a opinião fique apenas no aspecto da cultura.

HONRAS DA CASA - Lucimar Lescano participou da solenidade de apresentação do CD ‘Pedra que Brilha’ de João Figar a Odon Nacasato. Papo reto e objetivo da jornalista mostrou aos presentes os altos e baixos de quem se propõe a fazer da música regional seu principal foco.

OUÇA – “Valeu a pena esperar para ouvir de novo uma das mais belas vozes da música de Mato Grosso do Sul. Ao nos apresentar ‘Pedra que Brilha’, João Figar em parceria com Odon Nacasato lança um trabalho maduro e essencialmente poético”. Texto de apresentação de Ciro de Oliveira no CD da dupla.

MAK CAMARADA – Homenagem sob decreto do vereador Lucas de Lima, radialista nas horas vagas, foi marcada por surpresas, decepções e ações entre amigos. Há quem acuse um vereador de ‘agraciar’ integrante do rádio local e fantasma de gabinete oficial municipal.

AMIGO SECRETO – Na surdina e aproveitando o dinheiro derramado aos prezados clientes, Shopping Campo Grande presenteia a todos antecipadamente. Aumentou os valores do estacionamento de privilegiados proprietários de veículos automotores. Feliz estada.

VC NA COLUNA - “Nem fui convidado para essa cerimônia (da Câmara de Campo Grande) no ‘Dia do Radialista’. Meus 56 anos dedicados ao Rádio de MS não me credenciaram a participar do evento. Não ser convidado não me deixa triste. O pior é que eu que também sou jornalista e trabalho diariamente com noticias. Não fiquei nem sabendo antes. Brincadeira. Feliz Natal”. Ciro de Oliveira

R DO R - Quanto às ‘homenagens pelo ‘Dia do Radialista,’ você ficar fora da lista é brincadeira. Ou mostra a ‘seriedade’ com a qual foi elaborada. Não fosse um ato para preencher a Agenda de Eventos das Quartas-Feiras na Câmara de Campo Grande, terias motivos para maiores lamentações. Mas é. Simples assim.

VC NA COLUNA II – “Fui agraciado por indicação de um amigo que há tempo me conhece. Foi a primeira vez que recebi uma homenagem, na profissão que fiz teste aos 14 anos, há exatos 50 anos! Me senti um peixe fora d'água: muita gente que nunca vi”. Gilson Giordano

VC NA COLUNA III – “Muitos (profissionais de rádio) ficaram de fora. É assim mesmo”. Ricardo Paredes

VC NA COLUNA IV - “Presidida pelo vereador e Radialista Lucas de Lima, vários profissionais do rádio foram homenageados nas dependências da Câmara Municipal. Tive a honra de prestar homenagem aos colegas de profissão, interpretando uma criação maravilhosa do inesquecível Radialista Helio Ribeiro”. João Bosco de Medeiros. (Leia íntegra do texto)

Eu sou o rádio.

Meu nome é rádio.

Minha mãe é dona ciência. Meu pai é Marconi. Sou descendente longevo do telégrafo. Sou pai da televisão. Fisicamente sou um ser eletrônico. Meu cérebro foi concebido e formado por válvulas. Minhas artérias são fios por onde correm o sangue da palavra. Meus pulmões são tão fortes que consigo falar com pessoas dos mais distantes pontos deste pequeno planeta chamado terra. Minha vitamina tem o nome de quilowatts. Quanto mais quilowatts me dão, mais forte fico e mais longe eu chego. Hoje, graças às baterias que me alimentam eu posso levar informações os contrafortes das cordilheiras, às barrancas dos rios; ao interior de veículos que trafegam no centro nervoso das grandes cidades, à beira plácida dos lagos, à cabeceiras dos doentes nos hospitais, aos operários nas fábricas; aos executivos nos escritórios, aos idosos que vivem só e às crianças que só vivem. Eu falo aos religiosos aos ateus, freiras, prostitutas, aos atletas, torcedores, presos e carcereiros, banqueiros e devedores. Falo a estudantes e professores. Seja você quem for, eu chego lá onde quer que você esteja. Ao meu espírito resolveram chamar ondas; eu caminho invisível pelo espaço para oferecer ao povo a palavra; palavra nossa de cada dia. Mas estou sempre sujeito a cair em tentação e às vezes não consigo me livrar de todo o mau. Onde nasci, meu pai me disse que eu tinha uma missão; ajudar a fazer um mundo melhor. Entrelaçando os povos de todas as partes deste planeta.

Meu nome é rádio; eu não envelheço; me atualizo. Materialmente sou aperfeiçoado a cada dia que passa; as grandes válvulas de meu cérebro foram substituídas por minúsculos componentes eletrônicos. Os satélites de comunicação, gigantescos engenhos girando na órbita deste planeta permitem, hoje, que eu seja mais universal, mais dinâmico e menos complicado como o meu pai Marconi queria que eu fosse.

Minha forma técnica tem sido aperfeiçoada a milhares de anos luz. Mas eu acho que, no todo, meu conteúdo precisa ser burilado, melhorado e aperfeiçoado. Tenho noção mas eu já perdi a conta do número de pessoas que eu ajudei ensinando o caminho, devolvendo a esperança, anulando as tristezas, conseguindo remédio, sangue, achando documentos perdidos, divulgando nascimentos e passamentos. Mas não sou tão velho assim como possa estar parecendo. Na verdade, um dos meus principais interesses é fazer com que as pessoas vivam mais alegres. Por isso passo grande parte de meu tempo ensinando as pessoas a cantar e dançar. Minha grande vontade é de ser amigo; sempre. O amigo que todos gostariam ter. Útil nas horas certas, alegre nas brincadeiras e responsável. Sempre. No esporte, estou sempre em cima do lance; nos dois lados da bolinha de tênis ou de voleibol. E lá vem bola, na área do futebol; jogou na cesta, tô lá; nadou, pulou, saltou, girou, gritou, gol.

Pode ser no pequeno clube de periferia ou nos grandes estádios olímpicos. Tenho noção da minha força política. Com uma notícia que dou eu posso ajudar a eleger o diretor de um clube ou derrubar um presidente. Entendo minha grande responsabilidade de agente acelerador das modificações sociais. E morro de medo que me transformem um mentiroso alienador. Sem querer ser vaidoso eu posso até afirmar que se eu não tivesse nascido o mundo não seria o mesmo.

Meu nome é rádio. Eu não quero ser mal entendido; eu sou apenas um instrumento que, para fazer tudo isso que eu disse que faço eu preciso de uma equipe de seres humanos humanos. Que não tenham medo do trabalho, que entendam de alegrias, emoções, fraternidade, que saibam sentir o pulso do campo e o coração das grandes cidades e que tenham a noção básica de que tudo aquilo que fazemos é para conquistar ouvidos e melhorar pessoas. O que jamais conseguiremos se nos esquecermos de que a minha existência se deve ao número daqueles que me ouvem; o rádio vale pelo volume e qualidade de seus ouvintes. Poderia fazer muito mais. Mas às vezes falta dinheiro para fazer tudo que quero.

Eu sei que posso realizar o sonho de meu pai Marconi e melhorar o mundo para melhor. Outro dia, fiquei muito triste quando ouvi um tal de Hélio Ribeiro dizer que eu, o rádio, sou a maior oportunidade perdida de melhorar o mundo. Eu sou apenas um instrumento. Preciso de gente que me entenda, que me respeite e me ajude a cumprir a minha missão. Ah! Com muita alegria. Se possível.

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