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Em Pauta

A 3º dose da vacina e as células de memória. Medo e interesses

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/08/2021 06:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A imunização nos países desenvolvidos avança no método Dilma: "quando alcançar a meta, dobra a meta". A Inglaterra tem reservadas 60 milhões de doses da Pfizer para administrar a terceira dose. A Alemanha vai além, tem 204 milhões de doses de diferentes vacinas para aplicar não só a terceira dose, mas, também, a quarta. Ou seja, há vários países - todos ricos - que iniciarão brevemente a dose de reforço. O Uruguai começa a administração da terceira dose.


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Imunizados? Nunca vi.

Enquanto isso, dezenas de países pobres , inclusive nossos vizinhos, não chegaram a 5% de imunizados. E o Brasil, mal ultrapassou os 25%, pois somente 10% dos jovens foram aos postos de vacinação. Todavia, o debate nacional não é de intensificar a propaganda para levá-los à vacina, é de quando iniciaremos a administração da terceira dose. Ha certeza científica de necessidade da terceira dose?


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As células de memória.

Os últimos estudos norte-americanos encontraram células de memória tanto em quem teve a doença como naqueles que receberam a vacina da Pfizer. Vale lembrar: as células de memória ficam adormecidas até encontrar novamente a ameaça para a qual foram treinadas - ocasião em que liberam uma bateria de anticorpos com todo vigor. O número de anticorpos em si não é um bom indicador de durabilidade da proteção conferida pelas vacinas. Isto quer dizer que os testes de vacina - medem apenas a quantidade de anticorpos - nada significam para quem foi infectado ou para quem tomou alguma vacina.


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A defesa está dormindo.

Nosso sistema imunológico não passa o tempo todo produzindo anticorpos sem ser provocado. Dorme. Esse fato científico leva a um dilema: temos ou não necessidade da terceira (ou quarta dose)? A reposta é: ninguém tem certeza. Entendam bem, o que interessa são as células de memória e não a quantidade de anticorpos.

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