A covid das vacas causa danos na europa. Chegará ao Brasil?
O primeiro caso da chamada "covid das vacas" ocorreu na Itália, em novembro do ano passado. Logo saltou para a Espanha e França. Os episódios crescem dia a dia, há milhares de vacas mortas e centenas de milhares infectadas. Não existem vacinas. Se recomendam o uso de inseticidas e repelentes nas reses, além de proibir o transporte para feiras ou exposições. Todavia, essas precauções nem sempre são eficazes devido à dificuldade de detectar o inseto que transporta o vírus causador da infecção.
Não é infecciosa para humanos.
A ciência explica que a "covid das vacas" é uma enfermidade hemorrágica epizoótica (EHE) causada por um vírus. Esse vírus é transmitido por um inseto, pouco frequente no Brasil. Mas as mudanças climáticas e o movimento internacional das vacas vem propiciando a difusão desses vetores de contágio. Essa enfermidade não é infecciosa para as pessoas e nem repercute na carne, mas acarreta o sacrifício das redes porque não existe vacina. Vem sendo chamada de "covid das vacas" pela diversidade de infecções e pela dificuldade de impedir o contágio.
Em uma semana perde 150 quilos.
Uma vaca enferma perde, em média, 150 quilos. Apresenta cortes na cara por passar o dia inteiro lacrimejando. Formam-se pústulas no corpo todo, especialmente nas ubres. A língua fica inchada e não conseguem alimentar-se. Os animais tardam entre 5 a 10 dias para evidenciar a infecção depois da picada. Os olhos da vacas ficam injetados de sangue e as vacas morrem asfixiadas pelas próprias babas. Onde há cortes, aparecem larvas do inseto.
Não são mosquitos.
Os insetos que transmitem essa infecção são dípteros, um grupo com 150 mil espécies, onde estão as moscas, mosquitos, varejeiras, borrachudos e mutucas. Na transmissão da covid das vacas, os insetos não são mosquitos. Atacam ovelhas e cabras, mas, nesse caso, a infecção não é mortal, apenas apresentam alguns sintomas.