Antes dos indígenas, no MS havia homens pré-históricos
Na maior parte do território do Mato Grosso do Sul, as pesquisas arqueológicas estão demonstrando a existência de homens - e mulheres, é óbvio - pré-históricos. Os estudos são bem recentes, datam de pouco mais de vinte anos. Mas já identificaram centenas de sítios com alguns traços desses humanos tão pouco conhecidos.
Como viviam?
Eles eram caçadores-coletores. Com tantos rios e outros corpos aquosos, muitos eram pescadores. O mais estranho é que alguns já produziam cerâmicas. Distam milhares de anos antes das etnias indígenas que conhecemos. Há sítios arqueológicos, por enquanto, os mais antigos, que marcam a presença humana no MS em 11 mil anos. Eles estão localizados nas proximidades do Rio Sucuriú, no nordeste do Estado.
A famosa arte-rupestre.
É verdade que a imensa maioria das pessoas imagina que os primeiros povos a habitar o Mato Grosso do Sul foram indígenas, de algumas dessas etnias bem conhecidas. Nada mais equivocado. Não é possível saber se existiu algum laço histórico entre povos pré-históricos e indígenas. Todavia, há painéis produzidos pelos pré-históricos que são amplamente conhecidos. São as famosas arte-rupestres. A ação da erosão sobre alguns morros permitiu que, em vários locais do Estado, surgissem as “casas de pedra”, onde esses homens registraram parte de suas impressões e representações da realidade, usando técnicas de pintura ou gravura em baixo relevo sobre a rocha.
A gigantesca arte-rupestre de Corumbá.
Como exemplo dessas manifestações simbólicas há um intrigante conjunto de petróglifos - as chamadas gravuras nas rochas - próximo às margens do rio Paraguai, no município de Corumbá. Nesse local, por vários quilômetros de extensão, distribuem-se dezenas de sinais abstratos, com formas e temática variados, que, imaginam os estudiosos, identificariam uma trilha.
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