Beber ou não beber. Um cálice de arak em Beirute.
Mário Sérgio Lorenzetto | 26/12/2020 07:35
Festa é quase sinônimo de bebida alcoólica para ocidentais. No Líbano, que segue sendo cristão em 40%, o álcool é legal e se desfruta amplamente. A cerveja e o vinho é bebido com amigos, mas os destilados são para quem bebe sozinho. Em Beirute, bebem garrafas de Gordons, Suntory e Royal Steg, as marcas prevalentes no Oriente. O bar tem o formato universal. É como uma religião cujos lugares de culto seguem um punhado de princípios práticos. O tamborete, o espelho, os copos pendurados pelos pés, os porta-copos.....esses templos surgiram em todos os lugares do mundo. O culto à embriaguez é anunciado por música enlatada e telas com partida de futebol já disputadas.
Alquimistas árabes e o álcool.
As sofisticadas garrafas de bebidas alcoólicas de hoje, surgiram com os alquimistas e químicos árabes que há 800 anos nos deram o "al-kohl", convertido na palavra "álcool" para as línguas latinas. O al-kohl era uma sublimação da estibina (também chamada de antimonita, um mineral de sulfeto de antimônio), um pó fino que era usado como antisséptico.... depois, até como lápis de olhos.
As sofisticadas garrafas de bebidas alcoólicas de hoje, surgiram com os alquimistas e químicos árabes que há 800 anos nos deram o "al-kohl", convertido na palavra "álcool" para as línguas latinas. O al-kohl era uma sublimação da estibina (também chamada de antimonita, um mineral de sulfeto de antimônio), um pó fino que era usado como antisséptico.... depois, até como lápis de olhos.
Só na Arábia Saudita é proibido?
Se pode beber na maioria dos países islâmicos. Exceto na Arábia Saudita, dizem. Mas, de vez em quando, os jornais sauditas obsequiam os ocidentais com notícias interessantes e estremecedoras. Relatam que sauditas foram hospitalizado por beber água de colônia. Há algum tempo, 20 cidadãos sauditas morreram por causa de uma garrafa de perfume ingerida. Por outro lado, é inegável que nas terras árabes do Líbano a bebida nacional é o arak, um destilado de anis. A palavra "arak" significa "suor" e se refere às gotas de vapores destiladas que se condensam durante essa transformação química.
Se pode beber na maioria dos países islâmicos. Exceto na Arábia Saudita, dizem. Mas, de vez em quando, os jornais sauditas obsequiam os ocidentais com notícias interessantes e estremecedoras. Relatam que sauditas foram hospitalizado por beber água de colônia. Há algum tempo, 20 cidadãos sauditas morreram por causa de uma garrafa de perfume ingerida. Por outro lado, é inegável que nas terras árabes do Líbano a bebida nacional é o arak, um destilado de anis. A palavra "arak" significa "suor" e se refere às gotas de vapores destiladas que se condensam durante essa transformação química.
O Corão e o álcool.
O álcool é mencionado três vezes no Corão. Ainda que desaprove seu consumo, nunca o proíbe explicitamente. A hostilidade com o álcool é severa, mas não especialmente feroz. É a ebriedade, o bêbado, que provoca a ira do Profeta. Mas a proibição do álcool nas terras islâmicas é incerta. Poucos recordam agora que no século XVI o café esteve proibido em Meca e no Egito porque era considerado embriagador. Alguns historiadores sugerem que a supressão do álcool talvez tenha surgido do desejo da dinastia turca se lúcida de manter a ordem entre suas tropas esparramada por todo o Oriente Médio. Ninguém sabe. Mas o álcool não desapareceu do Oriente Médio. Continuam bebendo como há 800 anos.
O álcool é mencionado três vezes no Corão. Ainda que desaprove seu consumo, nunca o proíbe explicitamente. A hostilidade com o álcool é severa, mas não especialmente feroz. É a ebriedade, o bêbado, que provoca a ira do Profeta. Mas a proibição do álcool nas terras islâmicas é incerta. Poucos recordam agora que no século XVI o café esteve proibido em Meca e no Egito porque era considerado embriagador. Alguns historiadores sugerem que a supressão do álcool talvez tenha surgido do desejo da dinastia turca se lúcida de manter a ordem entre suas tropas esparramada por todo o Oriente Médio. Ninguém sabe. Mas o álcool não desapareceu do Oriente Médio. Continuam bebendo como há 800 anos.