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Em Pauta

Comer carne de sereia: como era um ritual de imortalidade

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 26/10/2023 08:00
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Desde a Babilônia, os humanos buscam processos que lhes garantam a imortalidade. Em momento algum da história, observamos tanto dinheiro colocado em pesquisas para consegui-la. São bilhões de dólares. No passado, os métodos para conquistar a imortalidade variavam de acordo com a cultura de um povo. O artifício mais bizarro que encontrei foi o de "comer carne de sereia", que os japoneses diziam praticar no século XVIII. Conforme a lenda nipônica, uma mulher comeu carne de sereia e viveu oitocentos anos. Alguns levam a sério esse mito conservando uma suposta múmia de sereia na região de Kochi.


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Herança romana: imortalidade está na lembrança.

Chamavam de "Templo da Memória". Para os romanos, a lembrança era a chave da eternidade. Quando um imperador morria, automaticamente se tornava uma divindade. Esse processo era tido como fundamental para proteger os que estavam vivos. Templos eram construídos em sua homenagem e, enquanto fosse cultuado, permanecia imortal. Arrancar a cabeça da estátua acabava com esse privilégio.


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Tomando banho de sangue.

Na civilização babilônica, a dádiva da imortalidade poderia ser alcançada ainda em vida. Antes das batalhas, os guerreiros eram banhados com sangue de um boi sacrificado. Abatiam uma imensa boiada. Se não sobrevivessem no combate, tornavam-se deuses para o povoado onde viveram.


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Estupros de virgens.

Para alguns povos do leste europeu, como na Romênia, estuporar mulheres ou praticar pedofilia, seriam meios de sugar a essência de suas vítimas e ganhar uma vida extra. Em último caso, o sacrifico de uma mulher, ainda que não fosse virgem, servia para garantir a imortalidade. Há um grupo chamado "A Rosa e o Gládio" que ainda mantém essa crença.


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O surgimento do "Elixir da Vida".

Os europeus alucinaram, na Idade Média, com a ideia chinesa de elixir da vida. Surgiu com o pensamento químico taoista de que era possível encontrar algum elixir que garantisse vida eterna. Os malandros chineses chamaram esse elixir de "huandan". Era feito com sulfetos de mercúrio. Ao invés de vida eterna, garantia uma morte bem rápida e dolorosa. No entanto, a procura pelo huandan, ajudou na evolução da medicina mundial.
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