Guerra: o grande êxodo de corumbaenses para Coxim
Coxim era um vasto território. Incluía as terras atuais de Pedro Gomes e Alcinópolis. Ja havia trilheiros ligando a Cuiabá e a Paranaíba. Uberaba era centro de alguma importância, com quem comercializavam o gado. Ligava-se por água a Corumbá. Houve uma pequena corrida ao ouro, atraindo inclusive, a "Coxim Gold Dredging", uma empresa estrangeira que investiu grandes capitais, mas não teve o retorno esperado. Também tentaram a exploração da borracha da mangabeira.
O primeiro êxodo.
Poucas notícias da guerra chegaram a Coxim em 1.865. Difíceis as comunicações, só sabiam a respeito quando aparecia algum fugitivo de Nioaque ou de Miranda. Passado pouco tempo, foram surpreendidos pela chegada de algumas centenas de homens, mulheres e crianças da distante Corumbá. Vinham em marcha por terra, a pé. Estavam esfarrapados e famintos. Recebidos os parcos recursos que os coxinenses dispunham, os corumbaenses foram viver em uma grande fazenda denominada Santa Luzia, onde se consideravam a salvos da sanha paraguaia.
O segundo êxodo e a destruição de Coxim.
Se surpresos ficaram com a inesperada passagem de tanta gente foragida de uma guerra que eles mal sabiam existir, estupefatos ficarem quando, inesperadamente, viram chegar, de novo, outras centenas de esfarrapados que tinham saído também de Corumbá. Foram, como os fugitivos do primeiro êxodo, para a Santa Luzia, a fazenda que a todos acolheu. Pouco tempo passou. Dessa vez, não seriam fugitivos chegando, eram os inimigos paraguaios que invadiram Coxim. Incendiaram tudo. O nascente povoado estava destruído. As tropas estrangeiras avançaram para algumas fazendas mais próximas do chamado "Núcleo coxinense". Levaram a todas a destruição e o saque. Mas logo regressaram a Miranda. Desaparecia a célula mater da atual cidade de Coxim.