O 3º mandato de Lula poderá ser o último das esquerdas
O Brasil vive um momento crucial em sua política. Enquanto Bolsonaro desmorona, Lula não consegue emplacar uma só política governamental, seja de ordem econômica, social ou sanitária. Vivemos em uma zona cinza, ninguém tem noção das possibilidades de sucesso do governo Lula. Bolsonaro não vive bem sem Lula. Lula não consegue deslanchar sem Bolsonaro.
Bolsonaro apoiador relevante. E Lula uma interrogação.
Esse quadro está levando os políticos, seja as forças de direita não extremistas como as de centro, a buscar alternativas à liderança de Bolsonaro. Mas todos concordam que o ex-presidente será um apoiador de relevo nas eleições municipais de 2024, ainda que não tenha direitos políticos. Mas há uma interrogação quanto ao apoio de Lula nas próximas eleições. Quem deseja vê-lo em seu palanque? Talvez, nem os petistas queiram exibi-lo em suas propagandas.
A picanha do Lula e a indisposição popular.
Vá a um supermercado ou a uma farmácia. Provoque uma conversa sobre política. A possibilidade de que a picanha do Lula não apareça no diálogo é zero. Não adianta falar sobre 8/1, nem das joias da Arábia Saudita ou do cartão fake de vacinação. Na outra ponta, ninguém sequer ouviu falar dos planos econômicos não concretizados de Haddad, assim como as vacinas continuam sendo açoitadas pelos ventos do mais reles negacionismo. Lula teve seus cinco minutos de glória com o abandono dos Ianomâmis.....e só. Mas a questão popular relevante não é nada disso. Somente a "picanha do Lula" continua firme e fortíssima.
Procura -se ministro competente.
Lula está encurralado na mente do povo. Não tem uma chance sequer de levar a prometida picanha aos pratos populares. A cerveja, também prometida, continua tão cara como antes. Se existisse um só ministro de Lula que ouvisse os anseios populares, estaria centrando esforços para conseguir levar picanha e cerveja às mesas da população. Ministro competente nesse governo é tão difícil quanto encontrar uma pepita de ouro na Avenida Afonso Pena.
