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Em Pauta

O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/07/2023 08:15
O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

O rumoroso julgamento de um dos membros da família Name, estampado nos jornais como o "Julgamento do Século ", não passa, em verdade, do julgamento do passado. Julgaram o jogo de bicho, em uma de suas vertentes, a da violência. Há muito, esse tipo de jogo deixou de ter importância, é tão somente um eco de tempos de fausto e glória.


O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

Jogo do bicho? O que é isso?

Esse jogo era uma bolsa ilegal de apostas em números que representam animais. Criado por um barão, há 130 anos, fez a fortuna de pessoas que sabiam manipular os preceitos matemáticos das probabilidades. Apenas isso. Importância próxima do zero, se esses homens não se envolvessem nos meandros da política. O julgamento do clã Name esteve pautado, desde as primeiras prisões, pela política, muito mais do que pelos atos violentos. Se estivessem ao lado dos vitoriosos, nem mesmo seriam lembrados. Derrotados nas urnas, presos com penas longas.


O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

De Gato Preto a Jamil Name.

Nos anos setenta e oitenta, o clã Name estava no auge. Mandava na polícia, eram intocáveis. As lendas vicejavam na cidade.....carregavam nas costas o fardo de matadores. Praticando toda minha ingenuidade, imaginava que não distava o dia em que seriam presos. O mundo real era o inverso, eles é que prendiam seus desafetos e adversários. O tempo lhes devolveu as possíveis crueldades, eventualmente praticadas. Jamil, o poderoso de outrora, faleceu jogado em uma prisão. Crueldade praticada com um idoso carcomido pelas doenças. Julgamento e morte fora do tempo.


O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

Continência para bicheiro conta o poder.

As relações entre o jogo do bicho e os poderes constituídos são de domínio público. A continência dos oficiais ao bicheiro, quando chamados para atender ocorrências, conta o verdadeiro jogo que ocorria. Não era de bichos, era de poderosos. Imaginem a cena…..Pois não, dr.Jamil, diz o oficial da PM, e bate continência.


O poder contado pelos Name. O julgamento do passado

Maquina bichada para bicheiros.

Colocaram o dono do bicho em uma máquina bichada do tempo. Julgamento de cartas marcadas, até as formigas de minha casa sabiam o resultado. Os valentões da atualidade são os donos da fronteira, que todos dizem ser o PCC.....outra lenda urbana. História mal contada, a crise da fronteira é contada por muitos mais que essa irmandade das prisões. A história se repete? Serão julgados quando estiverem em declínio?

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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