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Em Pauta

O que a ciência sabe sobre os sintomas persistentes da covid-19

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/06/2020 08:09
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Nos pacientes mais graves, que recebem atendimento na UTI, há risco substancial de "delirium". O delirium é caracterizado por uma confusão, dificuldade em prestar atenção, consciência reduzida sobre o local e o tempo e até a incapacidade de interagir com os outros. Alguns estudos dizem que 75% dos pacientes tratados em UTI experimentam delirium. O problema não está circunscrito apenas ao período de tratamento na UTI, mas pode ser prolongado por até alguns meses no retorno às residências.
Os médicos estão dedicando um esforço considerável para reduzir o delirium. As abordagens incluem a redução no uso de sedativos, redução de ruídos e estimulação cognitiva.


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Haverá falta de ar crônica?

Há dúvidas se após a covid-19 o paciente continuará com falta de ar. Um estudo com trabalhadores da saúde na China que contraíram SARS, em 2003, mostra que é bem possível que não ocorra falta de ar para sempre. O dano pulmonar pode demorar até dois anos, mas cicatriza.


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Cheiro e sabor.

A maioria dos pacientes com covid-19 perde o paladar e o olfato. Apenas 25% mostrou recuperação no prazo de uma semana após internação. Mas em 10 dias quase todos tinham recuperado tanto o cheiro como o sabor.


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Fadiga pós-infecção.

Não resta dúvida que a maioria dos convalescentes do covid-19 mostrarão fadiga pós-infecção. Pelo menos 25% deles, passará por um longo período sofrendo fadiga. Há necessidade de direcionar intervenções de saúde para eles.


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Coágulos de sangue.

Coágulos sanguíneos podem surgir em 25% dos pacientes de covid-19. Se esses coágulos se soltarem dos vasos sanguíneos causarão embolia pulmonar ou um derrame no cérebro. São graves. Para evitá-los, mesmo depois da internação hospitalar, os médicos estão instituindo anticoagulantes profilaticamente quando há um aumento na concentração do dímero "D", um fragmento de fibrina - a proteína que produz os coágulos sanguíneos.


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Cardiomiopatia.

Há casos de inflamação do músculo cardíaco em um terço dos pacientes gravemente doentes. Arritmias também são observadas. Não se sabe se isso se deve à uma infecção direta do coração ou é um estresse causado pela reação inflamatória excessiva. Também não se conhece o comportamento do coração dos pacientes que conseguem sair das internações hospitalares.


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Diabetes.

Além do risco acentuado para quem tem diabetes e sofre o ataque do vírus, também há dúvidas se a inflamação causada pelo vírus levará os pacientes que conseguiram se recuperar a um quadro de diabetes que antes não tinha. É importante fazer exames para verificar diabetes por muito tempo.

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