Peladas com crânios de inimigos a jogo de elite. Nasce o futebol
Para alguns historiadores, o nascimento do futebol ocorreu na China. Mais de 2.500 anos antes de Cristo, no império de Huang-Ti, guerreiros chineses jogavam pelada usando o crânio de inimigos abatidos na guerra. Mas essa foi uma prática macabra que durou pouco. Logo a seguir, trocaram os crânios por bolas de couro nos exercícios militares. A bola devia ser lançada com os pés até ultrapassar duas estacas fincadas no chão.
Maias: o capitão derrotado era sacrificado.
Aproximadamente em 900 antes de Cristo, os maias criaram uma mistura de futebol com basquete. A bola devia ser conduzida com os pés até as proximidades de uma argola fincada na parede. Nessa região, a bola podia ser lançada com as mãos. O jogo durava a noite inteira. O capitão da equipe derrotada era sacrificado.
Futebol de massas: 500 jogadores de cada lado.
Em torno do ano 1.000 depois de Cristo, o futebol passou a ser jogado na Inglaterra. Era o chamado "mass football", futebol de massas. Formavam dois gigantescos times com 500 jogadores de cada lado. Lutavam, porrada por todos os lados, por quilômetros nas ruas de Chester até um time conseguir ultrapassar a bola por um dos portões da cidade que fazia as vezes de gol.
Darwinismo e capitalismo, as ideias que criaram o futebol moderno.
A Inglaterra impulsionou a Revolução Industrial embasada em duas ideias: darwinismo e capitalismo. Era necessário educar as elites que dirigiriam as empresas e o governo. As ideias de Charles Darwin davam as cartas. Também se fazia necessário pensar em produtividade e competição. Acham que Smith tinha os princípios de pagar salários e tratar bem os trabalhadores. Mas também, tinham de fixar regras. Sem regras, não há capitalismo. Nascia um novo esporte que encampasse essas ideias. O futebol é o filho divertido da Revolução Industrial. Os ingleses entenderam que a sociedade necessitava de regras. Direito penal, direito eleitoral e até a língua inglesa, nasceram dessa necessidade de organização da sociedade. O esporte mais capitalista do mundo, por incrível que pareça, também é venerado pelos comunistas.