Por que 18% dos adolescentes se autolesionam, cortam os braços
Mário Sérgio Lorenzetto | 19/06/2023 08:00
Não deixa de ser surpreendente que muitos adolescentes, sobretudo meninas, se cortem de forma deliberada sem uma intenção suicida explicita. Os meios mais frequentemente usados são facas e tesouras para cortar braços, pulsos ou músculos das pernas, isqueiros para produzir queimaduras ou até mesmo as próprias unhas para arranhar. Em algumas ocasiões, esses jovens batem a cabeça ou dão socos contra uma parede. As meninas são mais propensas aos cortes nos braços e nas pernas, os rapazes recorrem com maior frequência a métodos mais violentos como as queimaduras. É um sério problema de saúde pública que ninguém fala, são conservados em segredo. Muitos pais nem mesmo tomam conhecimento.
Triplicou na última década.
Essas lesões autoaplicadas triplicaram na última década. Não é fácil responder à pergunta dos motivos desse tipo de conduta. Comumente, elas reduzem temporariamente as emoções negativas de ansiedade e mal estar e podem produzir sentimentos de alívio, levando à repetição. Geralmente ocorrem para expressar emoções de raiva, ira, culpa ou solidão. Os adolescentes sentem que suas emoções não são levadas em conta e seus problemas cotidianos não são percebidos adequadamente por seus seres queridos. Também é uma forma de castigar-se por não gostar de seu próprio corpo, fruto de uma baixa estima. O fundamental é que se trata de um grito pedindo auxílio de seu entorno familiar. O mais estranho é que a imensa maioria não sente dor.
Essas lesões autoaplicadas triplicaram na última década. Não é fácil responder à pergunta dos motivos desse tipo de conduta. Comumente, elas reduzem temporariamente as emoções negativas de ansiedade e mal estar e podem produzir sentimentos de alívio, levando à repetição. Geralmente ocorrem para expressar emoções de raiva, ira, culpa ou solidão. Os adolescentes sentem que suas emoções não são levadas em conta e seus problemas cotidianos não são percebidos adequadamente por seus seres queridos. Também é uma forma de castigar-se por não gostar de seu próprio corpo, fruto de uma baixa estima. O fundamental é que se trata de um grito pedindo auxílio de seu entorno familiar. O mais estranho é que a imensa maioria não sente dor.
Pode virar a ante sala do suicídio.
Ainda que essas autolesões não tem caráter suicida, constituem um vetor de risco futuro e podem virar a ante sala dessa conduta, especialmente se existir depressão no caso ou suicídio no entorno familiar. Por isso, é importante a busca de ajuda psicológica para adquirir estratégias de regulação emocional assim como incorporar hábitos saudáveis. E, especialmente, rodear-se de apoio familiar.
Ainda que essas autolesões não tem caráter suicida, constituem um vetor de risco futuro e podem virar a ante sala dessa conduta, especialmente se existir depressão no caso ou suicídio no entorno familiar. Por isso, é importante a busca de ajuda psicológica para adquirir estratégias de regulação emocional assim como incorporar hábitos saudáveis. E, especialmente, rodear-se de apoio familiar.