Prevenção é mais importante que extinção de incêndios rurais
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 15/07/2024 07:40
Não há nenhum sinal de que os incêndios rurais desaparecerão. Tudo indica que queimar matas, transformando-as em pastos baratos, se tornaram a norma. As multas são inúteis, nenhum fazendeiro as paga. Leis preservacionistas, como outras milhares de normas legais, são papéis para alimentar baratas. ONGS tem poder insignificante e não conseguem criar uma oposição forte aos incendiários. O discurso ideológico protege esses criminosos. Além de todos esses graves problemas, somos inexperientes em extinguir fogos rurais. Também quase nada sabemos sobre preveni-los.
A experiência europeia com as cabras.
Há menos de um mês, o Conselho de Ministros do Meio Ambiente da União Europeia aprovou definitivamente a Lei de Restauração da Natureza. Começarão a colocar muito dinheiro para prevenir incêndios florestais. Cada país apresentará um Plano de Restauração que vise prevenir incêndios. Uma das maiores surpresas (para mim) foi o incentivo à criação de cabras. Não aceitam vacas para comer folhas caídas, o tão proclamado e ideologizado "boi bombeiro", não são eficientes.
Há menos de um mês, o Conselho de Ministros do Meio Ambiente da União Europeia aprovou definitivamente a Lei de Restauração da Natureza. Começarão a colocar muito dinheiro para prevenir incêndios florestais. Cada país apresentará um Plano de Restauração que vise prevenir incêndios. Uma das maiores surpresas (para mim) foi o incentivo à criação de cabras. Não aceitam vacas para comer folhas caídas, o tão proclamado e ideologizado "boi bombeiro", não são eficientes.
Equipamentos de bombeiros nas fazendas e treinamento.
É muito estranho que os bombeiros exijam equipamentos e treinamentos em prédios e em empresas industriais, onde quase nunca ocorrem incêndios, mas não obrigam as fazendas a ter as mesmas obrigações. Essa seria uma medida preventiva satisfatória.
É muito estranho que os bombeiros exijam equipamentos e treinamentos em prédios e em empresas industriais, onde quase nunca ocorrem incêndios, mas não obrigam as fazendas a ter as mesmas obrigações. Essa seria uma medida preventiva satisfatória.
Restauração ao invés de recuperação.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo vem adotando a prática de recuperar as terras devastadas pelo fogo. Plantam, principalmente, alguma espécie de pinheiros. A consequência, bem conhecida e muito denunciada, dessa prática, é a perda da biodiversidade. Mas as últimas pesquisas estão mostrando que o plantio de uma só espécie em terras queimadas, não previne o próximo fogo. Pelo contrário, garante que basta esperar pelo próximo incêndio. A nova prática a ser incentivada é o plantio de muitas espécies, todas bem adaptadas a cada ecossistema. É o que denominam "recuperação ecológica".
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo vem adotando a prática de recuperar as terras devastadas pelo fogo. Plantam, principalmente, alguma espécie de pinheiros. A consequência, bem conhecida e muito denunciada, dessa prática, é a perda da biodiversidade. Mas as últimas pesquisas estão mostrando que o plantio de uma só espécie em terras queimadas, não previne o próximo fogo. Pelo contrário, garante que basta esperar pelo próximo incêndio. A nova prática a ser incentivada é o plantio de muitas espécies, todas bem adaptadas a cada ecossistema. É o que denominam "recuperação ecológica".
Cooperativismo para combater o fogo.
Duvido que exista um só fazendeiro no Pantanal que não conheça seus colegas incendiários. Há um manto de silêncio encobrindo a atividade criminosa. Corporativismo, associado a ideologização, facilitam os incêndios. Parece que a mesma cumplicidade ocorre na Europa. A saída encontrada pelo Conselho de Ministros do Meio Ambiente é a de promover o cooperativismo. Vale para tudo. Desde a aquisição de máquinas até a criação de cabras. O mais interessante, todavia, é a cooperação para adquirir aparelhos que detectem incêndios no nascedouro.
Duvido que exista um só fazendeiro no Pantanal que não conheça seus colegas incendiários. Há um manto de silêncio encobrindo a atividade criminosa. Corporativismo, associado a ideologização, facilitam os incêndios. Parece que a mesma cumplicidade ocorre na Europa. A saída encontrada pelo Conselho de Ministros do Meio Ambiente é a de promover o cooperativismo. Vale para tudo. Desde a aquisição de máquinas até a criação de cabras. O mais interessante, todavia, é a cooperação para adquirir aparelhos que detectem incêndios no nascedouro.