Que nada lhe tire o sono. Quanto mais dormir, melhor viverá
A mitologia, a religião e a arte, em todas suas vertentes, estão repletas de referências ao sono e à dificuldade para conciliá-lo. O sono é um pilar fundamental da saúde. Os casos em que se pode extrair um benefício artístico ou econômico da insônia são raros. O normal é justamente o contrário: que comecem a acumular os problemas.
Dormir é um tempo perdido?
Em determinados contextos parece que goza de boa fama a ideia de que dormir é um tempo perdido, um tempo improdutivo, porque enquanto dormimos não produzimos e nem consumimos. Dormir pouco chega a ser uma questão de status para muita gente. É uma visão totalmente equivocada. Há pessoas, é certo, que necessitam dormir menos e que provavelmente com cinco horas de sono estão bem. Mas isso não significa que a população tenha de marcar esse tempo de sono como um objetivo. É justamente o inverso. Dormir pouco significa produzir pouco. E ainda ter suas capacidades físicas e cognitivas reduzidas.
Enfermidades decorrentes da insônia.
Dormir pouco está diretamente relacionado com o aparecimento de enfermidades metabólicas e cardiovasculares. Também está relacionado com uma maior propensão ao desenvolvimento de enfermidades infecciosas, com o aparecimento de determinados tipos de câncer e de desenvolver enfermidades neurodegenerativas como o Alzheimer.
Quanto custa para um país?
Não há estudos brasileiros sobre esse tema. Mas há na Grã Bretanha e na Alemanha. O mal sono supõe um custo entre 50 e 60 bilhões ao ano para esses dois países. Perdem anualmente algo como 1,5% de seus respectivos PIBs. Além dessa grande perda direta, há perdas econômicas pelo aumento no atendimento de seus sistemas de saúde. Quanto mais adoecem suas populações, aumentam as despesas. Que nada lhe tire o sono!