Ridículos: a guerra das lagostas entre Brasil e França
Quando um presidente imbecil e um mandatário arrogante não se entendem, a guerra parece ser a única alternativa. Esta é a história de uma disputa bizarra. Ocorreu na década de 1,960. O Brasil quase entrou em um conflito armado por causa de lagostas. A confusão começou em 1.961, quando pescadores franceses resolveram pescar lagostas na costa brasileira, mais exatamente em Pernambuco, onde encontravam esse crustáceo a tão somente 75 metros. Os franceses foram denunciados pelos pescadores brasileiros ao governo.
Janio Quadros exige a retirada dos franceses.
Janio Quadros foi um dos mais incapazes presidentes do Brasil. Ao invés de construir uma solução diplomática para a crise da lagosta, exigiu que o governo francês retirasse essa frota de pesqueiros, levando-a para águas internacionais. Os franceses ignoraram solenemente a exigência. Essa atitude foi considerada uma afronta por Janio Quadros, que mobilizou vários navios de guerra para a região conflituosa.
De Gaulle respondeu com seu maior navio de guerra.
Ao mesmo tempo, Charles de Gaulle, então presidente francês, um arrogante de carteirinha, entendeu que o Brasil estava sendo desrespeitoso. Em 21 de fevereiro de 1.961, despachou o "Tartu", o maior navio de guerra da França, de quase três mil toneladas, para manter a segurança dos barcos pesqueiros de seu país.
Janio, o malandro, tentou tomar de assalto a Guiana.
Janio viu nesse embate uma oportunidade para tomar de assalto a vizinha Guiana Francesa. O principal motivo do interesse do Brasil no pequeno território francês, localizado à oeste do Amapá, tinha a ver com a exploração clandestina de manganês, que vinha sendo realizada por brasileiros.
A guerra acabou em pizza.
No entanto, por conta do enfraquecimento de seu governo, Janio acabou renunciando ao cargo de presidente. Esse seria o fim do embate entre Brasil e França, tanto no mar brasileiro como nas terras da Guiana. Mas, somente dois anos depois, com muita diplomacia, tudo foi resolvido com a expansão das águas territoriais do Brasil para uma zona de 200 milhas e, em troca, o acordo permitiu que navios pesqueiros franceses capturassem lagostas em uma área específica durante cinco anos. Ninguém sabe contar o que aconteceu na Guiana....