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Em Pauta

Surge o pedagogo, o escravo que auxiliava crianças na escola

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/06/2023 09:10
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Os antigos gregos chamavam "paideia" o longo processo de formação dos futuros cidadãos. Era uma mistura de aquisição de conhecimentos com treinamentos de algumas atitudes, especialmente políticas e militares. O ideal da paideia era conseguir a "areté", a excelência na política ou na vida militar, mas também na forma física do corpo e no aperfeiçoamento da alma. Mas não convém exagerar a importância da educação para os gregos. Nenhum cargo público exigia que soubessem ler ou escrever. Quem redigia e escrevia documentos públicos eram escravos.


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Educação somente paga e para ricos.

A maioria dos cidadãos gregos necessitavam de seus filhos como força de trabalho desde muito cedo, e a escola tinha de ser paga. Essa dualidade fazia com que uma parte ínfima da população frequentasse a escola. Até os sete anos, as crianças eram educadas no ambiente familiar. Os responsáveis por esse tempo de aprendizagem eram a mãe, um escravo ou o avô. O pai em quase nada participava, estava fora imerso na economia, na vida política ouvem alguma das inumeráveis campanhas militares. Também era um modelo homo social, as mulheres passavam todo o tempo com outras mulheres e os homens com homens.


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A educação dos meninos.

O ensino combinava a aprendizagem das letras (gramática) com a música e o atletismo. Tudo isso era combinado com a iniciação em matemática, diferenciada em dois ramos - o estudo dos números (aritmética) e as relações espaciais (geometria).


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O papel do pedagogo.

Um dos escravos da casa, na maioria das vezes um idoso que já não podia realizar trabalhos duros, acompanhava a criança até a escola e permanecia ali até o momento de regressar. Esse personagem era responsável pela integridade da criança. Também controlava seus deveres mais simples: andar pelas ruas olhando para baixo, sentar-se sem cruzar as pernas, manter-se em silêncio e não mostrar-se um glutão na mesa, e não sujar o manto que vestia. O pedagogo era geralmente um "bárbaro", um homem escravizado de outro país, seu símbolo era um porrete que usava para ameaçar a criança ou inclusive aplicar o castigo corporal.

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