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Em Pauta

Um grande tabu: os pais tem um filho favorito

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 04/02/2025 06:45
Um grande tabu: os pais tem um filho favorito

Como regra geral, se perguntarem a uma mãe ou pai se tem um filho favorito, a resposta imediata é um “não” rotundo. “Gosto deles igualmente”. Segundo uma pesquisa mundial, de fato, só um de cada dez progenitores admite ter um filho ou filha favorito. Admitir que tem um descendente predileto é um dos grandes tabus da criação porque choca com o ideal da mãe ou do pai perfeito que deve ser justo e equitativo. Essa pauta gera incômodo, culpa e medo, especialmente para as mães, que são as mais vigiadas.


Um grande tabu: os pais tem um filho favorito

A pesquisa da Califórnia.

A Universidade da Califórnia-Davis, nos EUA, aprofundou a questão. Um pouco diferente da pesquisa mundial, mostrou que 74% das mães e 70% dos pais mostram um tratamento diferente para um dos filhos. Também demonstraram que as meninas, os menores e os que são mais responsáveis e organizados são os que mais recebem tratamento mais favorável por parte dos pais e mães. Meninos e meninas com temperamentos tranquilos, dóceis ou que mostram características como a responsabilidade e a amabilidade devolvem aos pais a ideia de que são bons progenitores. Os pais que se esmeraram na criação dos filhos tem dificuldades de aceitar que exista um filho que não seja o ideal imaginado.


Um grande tabu: os pais tem um filho favorito

Tudo muda.

Outra descoberta dos gringos californianos é de que esse favoritismo pode mudar com o tempo. Assim, por exemplo, pode ocorrer que na infância um dos descendentes seja o favorito mas na adolescência fique mais distante dos pais e que, ao contrário, um filho cuja infância foi mais difícil com o tempo se torne mais carinhoso e acessível. O amor dos pais pelos filhos não é homogêneo, nem sempre é tão incondicional como nos contam, porque somos humanos e as vezes essa incondicionalidade tem matizes. É importante os pais entenderem as diferenças e passem a gestionar mais conscientes para evitar desigualdades que possam ter consequências emocionais logo à frente. As crianças são extremamente sensíveis e percebem com facilidade os matizes. Não basta se preocupar em não tomar a defesa de um deles constantemente, o tom de voz o delatará, assim como o tempo dedicado a cada um.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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