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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 29/07/2011 11:00

PÉROLA Abertura de comício; candidato pediu um minuto de silêncio pela morte de ilustre morador do bairro. Atento, o assessor sussurrou-lhe ao ouvido: “Um é pouco; a família dele é grande; pede cinco minutos”.

O CASO verídico mostra o tino político do assessor: ele abre picadas, prepara o terreno e evita situações desgastantes ao seu chefe. Quando preciso, avoca a autoridade dele para dizer ‘não’ aos pedidos inviáveis.

ASSESSOR deve conhecer o eleitorado para não cometer bobagens. Imagine negar uma audiência, mentir ao compadre ou afilhado do deputado!

Nem pensar! Essa ponte entre eleitor e chefe é importantíssima.

NO SAGUÃO da AL deparo sempre com eleitores interioranos, tímidos, tentando uma ‘palhinha’ com seu deputado. Pode ser o coroamento de longa viagem para fazer pedido ou dar um simples abraço.

E rende votos.

A PROPÓSITO Presenciei cena gostosa entre o deputado Paulo Correia e eleitor do interior. Solícito, Paulo indagou-lhe o motivo da visita: “Vim só para lhe cumprimentar, tomar seu cafezinho” – disse o visitante sorrindo.

POLÍTICA se faz também com gestos e expressões cativantes. Quem conhece a gente interiorana sabe da importância das relações humanas nas eleições. Não é por acaso: os mineiros são campeões dos ‘tapinhas nas costas’.

É DIFÍCIL mudar a postura e imagem da noite pro dia na busca de votos. Antônio Ermírio sempre foi daquele jeito: estilo sério. Quércia era vaselina/bonachão, jogador de truco e contador de piadas. Ganhou as eleições.

O SUCESSO empresarial nem sempre se amolda à política, onde se deve ser querido e jamais temido. Recursos para melhorar imagem, postura e voz podem ajudar, mas não seduzem o eleitor, cada vez mais esperto e observador.

A PERGUNTA: os empresários pretendentes ao ingresso na política pensam em benefício próprio, satisfação do ego/vaidade? Ou querem apenas fazer dela um instrumento para beneficiar a população?

DELÍRIO É preciso consultar – antes – o povo, que sabe diferenciar os idealistas dos oportunistas. E não se faz política sem um grupo. Só o partido não basta. Não se pode ser apenas candidato de si mesmo. Certo?

ACRISSUL Virou braço do PT e ignora o sufoco dos fazendeiros das áreas invadidas pelos índios. Zeca apoia Chico Maia, de olho nas eleições da capital. Só falta o Zé Rainha também aparecer pedindo votos. Não é?

TUCANANDO... Mesmo no PR, o senador A. Russo relaciona-se bem com o PSDB de N. Andradina. E aí pode até turbinar a candidatura do único vereador tucano, Claudinei Santi Brambila (Magrelo) à Prefeitura.

A conferir...

DILMA Não era a Mãe do PAC? Não sabia das maracutaias nos projetos que ajudaram sua eleição? Não vai punir criminalmente quem meteu a mão nos 8 anos do Lula? E os gatunos, não devolverão o dinheiro surrupiado?

PARECE que o PT adotou o lema: ‘quem roubou, roubou; quem não roubou não rouba mais... mas também não precisa devolver’. E pensar que o Collor caiu por causa daquela Elba e por que tratou mal o Congresso.

IMPRESSIONA a nova visão dos petistas sobre corrupção. Imagine a safadeza nos ‘termos aditivos’ das construções de ferrovias/rodovias (‘sonrisal’) e obras para a Copa do Mundo! E fica tudo por isso mesmo...

QUANDO o Governo nega ‘caça às bruxas’, sinaliza que nada mudará; que a corrupção é o pedágio da governabilidade. O ‘curioso’ foi o cuidado do Planalto em acalmar o PMDB, evitando futuros mal entendidos.

O BRASIL melhorou por conta do progresso. Pessoas estão vivendo melhor, é claro! Mas nada justifica a orgia com nosso dinheiro, em prejuízo a setores vitais como saúde, transportes e ensino. É muita roubalheira, meu Deus!

PEPINOS VOADORES a compra de girocópteros (parcialmente pagos) no Governo Zeca/2000, e não entregues, promete! Vai sobrar só para o Franklin Masruha que autorizou a trapalhada? O dinheiro... tomou doril.

AGOSTO lembra a renúncia de Jânio e a morte de Getúlio. Mas de costas para o azar, PT, PMDB e PSDB vão ‘afinar as violas’ para 2012 com encontros no MS neste mês. Discursos, cafezinhos, fotos e abraços no cenário.

ECONOMIA O PIB do MS é formado por 17% do Agronegócio; 16% da Indústria e 68% do setor de Serviços. As ações do governo estadual aumentaram a fatia do setor industrial e a tendência é de crescimento contínuo.

NA VEIA! Leitores manifestando sua concordância com a análise que fizemos da realidade sócio-econômica das cidades interioranas. Alguns lembraram: a falta de mão de obra qualificada limita as chances de progresso.

PORTANTO, as ações da FIEMS/SENAI são necessárias para preparar o cidadão ao ingresso do mercado de trabalho, cada vez mais exigente. Felizmente, ao que consta, os prefeitos já entenderam a mensagem e aderiram.

“Rico não precisa do Governo”. (Lula)

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