Nossas mulheres, machistas nas urnas
ESSAS MULHERES... Presenciando a manifestação de feministas na Assembleia Legislativa deduzi como observador: “Pena que as mulheres evitam votar nas mulheres. Sempre encontram um argumento para justificar essa postura. Não é por acaso: Campo Grande tem só duas vereadoras e nenhuma deputada estadual. Apesar das conquistas em outras áreas, elas não conseguiram se libertar na política. São reféns da cultura, tradição e até de imposições de igrejas evangélicas radicais (fundamentalistas). Pior: o eleitorado feminino ainda cultiva esse preconceito ( inveja?) contra mulheres candidatas”.
A PROPÓSITO: Ouvi no saguão da Assembleia Legislativa as reclamações de amigos políticos do interior quanto as dificuldades encontradas para cumprir o percentual legal de mulheres candidatas a vereança. Professoras, comerciantes e profissionais liberais são as mais convidadas para esse exercício de cidadania. As justificativas são mais ou menos as mesmas: do temor de desgaste pessoal pela campanha, dos gastos - à desaprovação marital resultante da velha cultura machista. Militares, policiais civis e funcionários públicos; as novas categorias alvos de convites para essas eleições.
ESPERANÇAS: Sem elas não se faz política e o sonho de chegar ao poder inexiste tanto para o entregador de gás e jardineiro como ao grande empresário. Em todos eles, independentemente do porte da sua comunidade há – camuflada ou não, a vontade de participar efetivamente de decisões políticas e administrativas. É esse sonho que pode levar à gloria da realização pessoal plena ou até a frustração e desgraça - descendo aos degraus da humilhação, às vezes com o escárnio da prisão inclusive. Como todas as anteriores, essas eleições serão o início bom para alguns e o fim triste para outros.
EXEMPLOS: de trajetórias de personagens próximos incentivam ou desestimulam pretensos candidatos. Tudo vai depender é claro, do olhar, leitura de cada um deles. Mas sem o componente do otimismo – despido de ingenuidade - não há combustível para a largada e atrair companheiros ou simpatizantes. A estratégia dos futuros candidatos hoje é facilitada por vários instrumentos disponíveis no mercado, inclusive pesquisas e cursos com noções e orientações comportamentais. Mas lembro; tudo isso ajuda, mas o candidato tem que fazer sua parte. Candidatos artificiais, despreparados, sucumbem.
ALERTA: O eleitor perdeu a paciência! Por tudo que tem passado, pela situação do país nos últimos anos, ele mostra-se extremamente desconfiado até na escolha de seus legisladores municipais. Vai ligar a idoneidade do candidato ao padrinho ou fiador desta candidatura. (‘diga-me com quem andas...’). Ele quer se sentir representado efetivamente como retratam as postagens nas redes sociais. O destaque sobre os escândalos por falcatruas no país mostram essa tendência. Ao menor sinal da falta de competência e transparência, o eleitor desistirá buscando outro nome.
REPETINDO: Pesquisa é igual horóscopo; até os céticos leêm! Avaliação do prefeito Marcos Trad (PSD) de Campo Grande em amostra que ouviu 1200 pessoas entre 1 e 4 de março em 8 regiões da capital – registro número 03924/2020, sob responsabilidade da Ranking - Comunicação & Pesquisas: Ótima/boa 50,08% - regular 27,58% - ruim e péssimo 17,17% - não sabe/não responderam 5,17%. Quanto a Câmara Municipal a avaliação foi a seguinte: Ótima/boa 23,75% - regular 38% - ruim/péssima 19 – não sabe e não responderam 19.25%. Vale lembrar: para um intervalo de confiança de 95% e um tamanho de amostra de 1200 entrevistas, a margem de erro máxima estimada foi de 2.85% para mais ou para menos.
RESULTADO da consulta da intenção de voto estimulada para prefeito: Marcos Trad 40,75% - Capitão Contar 6,50% - Sergio Harfouche 3,92 – Marcio Fernandes 3,83% - Delcídio Amaral 3,75% - Pedro Kemp 3,42% - Paulo Matos 3,08% - Ricardo Ayache 2,83% - Marcelo Bluma 1,75% - Tatiana Ujacow 1,67% - Marcelo Miglioli 1,25% - Beto Pereira 0,92% - Guto Scarpanto 0,83% - Vinicius Leite 0,83% - Mario Fonseca 0,67 – Esacheu Cipriano 0,50 – não sabe/não responderam 23,50%.
NÚMEROS da pesquisa versando sobre a rejeição estimulada dos mesmos nomes: Delcídio Amaral 15,33% - Pedro Kemp 7,25% - Marcelo Bluma 5,92% - Marcos Trad 5,08% - Capitão Contar 4,50% - Vinicius Leite 2,00% - Tatiana Ujacow 1,83% - Sergio Harfouche 1,67% - Ricardo Ayache 1,58% - Marcelo Miglioli 1,50% - Paulo Matos 1,50% - Mario Fonseca 1,33% - Guto Scarpanti 1,17% - Marcio Fernandes 1,17% - Beto Pereira 1,00%, Esacheu Cipriano 0,83 – não sabe/não responderam 46,34.
AVALIAÇÃO do Governo Bolsonaro: bom/ótimo 43,25% - regular 27,33% - ruim e péssimo 24,92% - não sabe/não responderam 4,50%. Avaliação do Governo Estadual: bom/ótimo 27,50% - regular 27,33% - ruim/péssimo 26,17% - não sabe/não responderam 12,25%. A pesquisa também adentrou pela religiosidade das 1.200 pessoas consultadas e concluiu: 48% são católicos – 32% evangélicos, 12,50% sem religião – 2,83% espíritas e outras 4%.
É CEDO para uma análise mais profunda quanto a performance deste ou daquele nome inserido nesta longa lista de eventuais pretendentes. Os meus fieis leitores com razoável intimidade do intricado universo político acordam de que como nos pleitos anteriores - alterações ocorrem por conta de desistências, acertos de bastidores e até de problemas de ordem jurídica. Mas fica delineada uma espécie da moldura do quadro eleitoral.
BRONQUEADO por dois motivos o ex-juiz federal Odilon de Oliveira. Primeiro se deve ao projeto do deputado Beto Pereira (PSDB) que proíbe a candidatura de ex-juízes e promotores de justiça antes de se completar 5 anos da aposentadoria ou deixar o cargo. O segundo, devido a decisão da União de não garantir mais sua proteção pessoal em seus deslocamentos. Odilon lembra os inimigos mortais que arrumou no cargo; taxa de ato covarde da União e que levará o caso à ONU e Organização dos Estados Americanos. O caso ainda dará muito pano pra manga.
CONQUISTAS: “ Dentre os 29 estados só 4 aumentaram a capacidade de investimentos e o nosso (MS) é um deles, criando um ambiente propício para investidores e a geração de emprego e renda”. “ Já a soma dos investimentos realizados pelos 25 estados, os recursos diminuíram. Na comparação entre 2015 e 2019 a queda foi de 28,4%”. A afirmação do secretário de governo, Eduardo Riedel retrata os números positivos da atual gestão; honrando os compromissos, pagando salários em dia e investindo em todas as áreas administrativas. O lançamento deste pacote de obras para todo o Estado atesta o bom momento em que vivemos.
HUMOR POLÍTICO: Há vereador que já trocou o termo pedestre por pederasta. Pois bem! É reconhecida a verve do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) para relatar fatos pitorescos envolvendo políticos no interior. Ele conta que numa dessas reuniões habituais onde o líder político da região ouvia os pedidos dos vereadores, foi cobrada de um deles uma manifestação com a pergunta: “E você, amigo, não tem nada a dizer?” Surpreso talvez, sem outra saída ele respondeu: “Não, doutor, “tou” apenas expectorante”. Gargalhada foi geral; ele queria mesmo dizer ‘espectador’.
MUDANÇAS: O PT foi expulso das grandes cidades. Se em 2008 governava 25 delas, hoje não tem nenhuma. Em 2016 o petista Marcus Alexandre foi eleito prefeito de Rio Branco; em 2018 renunciou para disputar o governo e perdeu. Já o PSDB governa 30 das 96 maiores cidades com 21 milhões de eleitores. Depois o MDB com 16 cidades (6,1 milhões de eleitores) . O Brasil tem 147,4 milhões de eleitores e 38% delas ( 56,2 milhões) em 96 municípios – ou seja – nas 26 capitais e em 70 cidades com mais de 200 mil pessoas. No palco das 96 cidades é que será decidida a batalha eleitoral deste ano.
REFERÊNCIA: Só elogios após visita à Unoeste ( Universidade do Oeste Paulista) em Presidente Prudente (SP) com 20 mil alunos; 80 cursos de graduação presencial e a distância; 6 de mestrados; 140 de especialização; 4 doutorados e 90 mil formandos. A tradicional instituição ainda dispõe de campus nas cidades de Jaú (SP) e Guarujá (SP), tendo inclusive obtido avaliação ótima do MEC em 2019 - sendo reconhecida entre as 3 melhores instituições de ensino no Estado de São Paulo e entre as 12 do país. Ensino comprometido com o nosso desenvolvimento e futuro.
ATÉ ONDE? A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa pode desmascarar uma série de irregularidades em prol da Energisa. A opinião pública acompanha com interesse a postura dos integrantes da CPI tendo-se em vista que as reclamações não discriminam classe social e perfil dos consumidores. A chiadeira vai das mansões, passa pela zona rural, periferia, indústria e comercio. Dos 2.300 consumidores que reclamaram - 200 relógios serão sorteados para pericia à cargo de técnicos da USP de São Carlos (SP). Estou botando fé nesta CPI.
A pergunta: Como esconder o Giroto na campanha?
RÁPIDAS LEGISLATIVAS
Deputado Antônio Vaz (Republicanos): Requereu a reforma da biblioteca pública de Jaraguari; pediu a reforma da escola estadual de Nova Alvorada do Sul; usou a tribuna pedindo atenção das autoridades no combate e prevenção contra o coronavirus.
Deputado Evander Vendramini (PP) Presente as sessões, participou da reunião da CCJR; pede a obrigatoridade da presença de fisioterapeutas em todos os turnos das UTIs e acompanha seu projeto da ‘Semana de Sensibilização gestacional’.
Deputado Lucas de Lima (Podemos) Participou das sessões e da reunião da Comissão Parlamentar que investiga a Energisa, defendendo a participação do representante do Procon Estadual e voltou a enfatizar a preservação da vegetação do Parque dos Poderes.
Deputado Marçal Filho (PSDB) Cobrou aplicação das leis protetoras das mulheres, analisando o quadro de violência doméstica nas grandes e pequenas cidades; atento as questões da Ordem do Dia onde fornece subsídios oportunos aos debates da Casa.
Deputado Paulo Correa (PSDB) Democrático, preside as sessões com pragmatismo sem ferir as normas. Nesta semana foi a tribuna onde discorreu sobre vários assuntos relativos ao Estado, inclusive o sucesso do programa ‘Nota Premiada’. Um craque!
Deputado Capitão Contar (PSL) Sempre presente as sessões, tem também participado ativamente da CPI da Energisa, quer mostrando fatos, trazendo subsídios técnicos e jurídicos ou requerendo diversas providências que entende necessárias.
Deputado Neno Razuk (PTB) Questiona o preço do etanol nos postos; apoia o projeto de instalação de fabrica de roupas em Naviraí; autor do programa de Apoio à Mulher Empreendedora; quer denominar de ‘Felipe Prechitko’ trecho da MS-470.
Deputado Gerson Claro (PP) Líder do Governo não vem encontrando barreiras na interlocução entre o Executivo e Legislativo. Advogado experiente vem se dedicando as questões sociais dos pequenos proprietários e assentamentos. Parlamentar do diálogo.
Deputado José C. Barbosa (DEM) Pedindo a reforma do Estádio Douradão; na CPI da Energisa defende medidas rígidas contra a concessionária; comemorou a chegada da empresa Gol de Aviação à Dourados como prêmio justo ao progresso da região.
Deputado Lídio Lopes ( Patriotas) Presidente da CCJR distribuiu 40 processos na última reunião; autor de projeto que adota novas normas no tratamento da depressão pós parto, usando de subsídios fornecidos por especialistas na delicada matéria.
Deputado Londres Machado (PSD) Tranquilo nas sessões, sempre consultado pelos colegas em questões dúbias, ele opina com precisão. Não esconde que continua atento ao processo eleitoral deste ano, pois é um dos ‘caciques’ do partido no Estado.
Deputado Marcio Fernandes (MDB) Autor de projeto declarando de utilidade pública o Grupo de Proteção e Apoio aos Animais de Corumbá e Ladário; Acompanha a tramitação do seu projeto declarando de utilidade pública o Rotary Club de Maracaju.
Deputado José Teixeira (DEM) Vem atendendo os reclamos de segmentos produtivos de vários municípios da Grande Dourados e da região fronteiriça. Viu atendido seu pedido de sinalização de faixas de pedestres na Av. Mato Grosso, na capital.