Contra política de juros altos, SEEBCG-MS participa de ato nacional
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região participa, nesta terça (14), do ato nacional
O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região (SEEBCG-MS) participa, nesta terça (14), do ato nacional contra a política de juros altos do Banco Central. A ação é organizada pelo Comando Nacional dos Bancários, com protestos nas ruas e nas redes sociais com a hashtag #JurosBaixosJá.
O objetivo é alertar a população sobre os prejuízos da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter a taxa básica de juros no patamar elevado de 13,75% ao ano.
“Queremos fazer esse alerta e, principalmente, exigir a redução da taxa de juros. As medidas adotadas pela instituição penalizam a população com aumento de preços e dificuldade de acesso ao crédito, além disso, atrasam os investimentos, prejudicando o desempenho da economia e, consequentemente, o desenvolvimento do país”, explica a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
O percentual aprovado pelo Banco Central coloca a Selic no seu maior nível desde janeiro de 2017. O movimento sindical denuncia que os juros altos beneficiam apenas os ricos e os especuladores do mercado financeiro, que têm ações valorizadas e lucram com a compra e venda de títulos.
A lei que estabelece a autonomia do Banco Central entrou em vigor em fevereiro de 2021. Desde então, a elevação da taxa Selic colaborou para a recessão da economia e para o desemprego, e não cumpriu o papel de conter a inflação.
Embora juros mais elevados possam ajudar a controlar a inflação, também podem levar a uma desaceleração da economia e aumentar o custo de vida para a população. Isso pode ter um impacto negativo especialmente para aqueles que já estão enfrentando dificuldades financeiras, como aumento de preços de alimentos e combustíveis.
“Que autonomia é essa? A instituição ficou autônoma apenas em relação ao governo federal e agora atende exclusivamente aos interesses do mercado financeiro. É uma instituição pública que deve zelar pela economia e fomentar o pleno emprego, não é isso que vemos na prática!”, pontua Neide Rodrigues.