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Direto das Ruas

Aumento na mensalidade do curso de Medicina faz campo-grandense apelar por ajuda

Estudante de escola pública relata que preço do curso aumentou nos últimos anos

Guilherme Correia | 06/02/2023 18:50
O estudante durante atendimento médico. (Foto: Direto das Ruas)
O estudante durante atendimento médico. (Foto: Direto das Ruas)

Com aumento na mensalidade do curso de Medicina, o estudante Fredy Leandro Balbuena, de 29 anos, relata ter dificuldades para arcar com os custos da graduação. Nascido em Campo Grande, ele mora em Fernandópolis (SP), onde é aluno na Universidade Brasil.

Ele afirma que sempre estudou em escolas públicas e que, quando ingressou no curso, em 2019, a mensalidade era mais barata. “Na época, a mensalidade era mais acessível e, com ajuda de familiares e amigos, era possível continuar estudando”.

“Sempre estudei em escolas públicas e me dediquei intensamente para ser um excelente aluno. Meus pais são separados e por isso eu morava com minha mãe, que está afastada de suas atividades profissionais por problemas de saúde da minha avó, de 83 anos, que é aposentada".

Ele relata que até venderam alguns bens para auxiliar no pagamento, mas passados alguns anos, as dificuldades vieram. “O tempo foi se passando e a pandemia acabou afetando financeiramente, e os que prometiam ajudar acabaram me deixando de lado. Meus pais acabaram fazendo empréstimos, porém ficaram endividados”.

Atualmente, segundo ele, a renda familiar não comporta gastos com a educação. Em 2023, a universidade teve acréscimo de 15% e a mensalidade custa R$ 11.280 mensais. “Venho tentando completar meus estudos na Faculdade de Medicina mas, infelizmente, a minha situação financeira e de minha família não permite. Ainda restam mais dois anos e meio para me formar.”

“No entanto, preciso mais ou menos R$ 300 mil para concluir o curso. Eu sei que é difícil, porém não é impossível”, diz.

Apesar de sentir saudades de casa, ele ressalta que tem o sonho de exercer o ofício médico e para isso, também tem feito bicos para ajudar nos custos. “No entanto, o valor arrecadado até o momento não é o suficiente. Em Fernandópolis, moro em um quartinho alugado, na região periférica, e vivo com a ajuda de várias pessoas que se sensibilizaram com minha situação e me doam alimentos, me ajudam nas despesas de transporte, na moradia, etc”.

“Vivo através da providência de Deus. A faculdade está bem longe do quarto onde moro e, por vezes, vou a pé, devido não ter transporte coletivo para o local bem como, o preço do Uber ser bem elevado”.

O estudante garante que o valor arrecadado será utilizado, exclusivamente, para arcar com os gastos universitários. Ele comenta que tentou outras alternativas, como crédito estudantil e até empréstimos bancários, mas “devido a tantas burocracias” não teve sucesso. O link da vaquinha virtual para ajudar é este.

Sonho de Fredy é continuar se dedicando à carreira médica. (Foto: Direto das Ruas)
Sonho de Fredy é continuar se dedicando à carreira médica. (Foto: Direto das Ruas)
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