Bebê de um ano está na Santa Casa após morder pequi e ferir a boca
Caso ocorreu há quase 24h e até o momento criança não passou por procedimento para retirada dos espinhos
Menina de 1 ano e 8 meses está internada na Santa Casa de Campo Grande, depois de morder um pequi e ficar com espinhos na boca. Antes de ser encaminhada para o hospital, a criança ficou mais de oito horas aguardando atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino.
A mãe da bebê, consultora de vendas de 29 anos, contou ao Campo Grande News que estava almoçando com a família na mesa e, em um momento de descuido, a criança ingeriu o alimento. ''Eu virei para ver meu outro filho e ela pegou do meu prato e colocou na boca. Foi em questão de segundos", disse.
Imediatamente, a mãe gritou e a criança jogou o fruto na mesa, mas já havia mordido a comida. Com a boca com espinhos, ela foi levada para a UBSF (Unidade Básica de Saúde Familiar do Nova Bahia) e depois para a UPA do Coronel Antonino.
Segundo a mãe da menina, no local a família foi informada que o procedimento de retirada dos espinhos não poderia ser feito na unidade por falta de equipamento e que deveriam aguardar vaga na Santa Casa. A criança só foi transferida para o hospital às 22h.
''Ela está esperando desde ontem para fazer o procedimento, com fome, sem conseguir se alimentar. Ainda mama no peito e eu tive que sair do quarto porque ela me olhava e pedia leite", contou.
De acordo com a consultora de vendas, o hospital informou que o procedimento seria realizado por um médico especialista em buco-maxilo, mas sem horário definido.
Ao Campo Grande News, a Santa Casa informou que a criança está com espinhos na língua, gengiva e garganta. A previsão é de que o procedimento para a retirada seja realizado ainda no período da manhã.
Alerta - Nativo do cerrado brasileiro, o pequi é um fruto que precisa de cuidado para ser consumido. De casca verde, é formado por uma polpa amarela e, no interior, entre essa camada e o caroço, é revestido de espinhos.
Segundo as explicações da botânica, a camada de espinhos tem uma explicação simples: proteger o embrião do pequi, que fica dentro do caroço, de predadores naturais. É ali que está garantida a continuidade da planta. Em Campo Grande, são os índios que vivem na cidade que costumam comercializar o fruto, cuja temporada é no fim do ano.