Em época de epidemia de dengue, lagoa em terreno preocupa moradores do Centro

A quantidade de água acumulada é tanta que o terreno na Rua Amazonas, Centro de Campo Grande, se transformou em um tipo de lagoa. Nas imagens, é possível ver que há uma obra inacabada ao lado, além de mato alto. O local é protegido por cerca elétrica e placas de metal por toda sua extensão.

Moradora da região, que prefere não ser identificada, conta que o terreno está abandonado pelos proprietários há pelo menos dois anos. "Na minha casa, não tinha mosquito assim antes de o terreno ficar desse jeito. Tinha um prédio construído aqui que foi demolido", relata a moradora. Ela conta que tem medo de pegar dengue devido à epidemia que o município enfrenta.

Técnico em telefonia, de 33 anos, entrou em contato com o Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas para mostrar a situação em que encontrou o terreno quando foi fazer um reparo no poste. Ele relata que já teve dengue e se preocupa com a gravidade da doença.

Enquanto a reportagem apurava as informações, um funcionário da empresa Bellman, responsável pela obra, esteve no local e que não quis se identificar. Ele informou que a lagoa foi formada devido a uma bomba de água que queimou há três dias. A Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) afirmou, por nota, que o terreno será incluso na agenda de fiscalização da secretaria.

A empresa Bellman ainda informou que tomou conhecimento do problema na manhã desta quarta-feira (24). Segundo a empresa, o acúmulo de água proveniente do lençol freático ocorreu devido a falha no sistema de bombas que recalcam a água para a rede fluvial. "De imediato acionamos nossos prestadores de serviços em Campo Grande para reparação do sistema de bombas e drenagem completa do terreno", ressalta a nota. A previsão é de que o problema seja sanado até o final do dia de hoje.

Dengue - Campo Grande registrou 6.016 casos confirmados da doença durante os cinco primeiros meses do ano, segundo boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde). No Estado, dos 79 municípios, 71 estão em alerta de alta incidência da doença. Ainda de acordo com o último boletim, 16 óbitos estão em investigação. Na Capital, 38 bairros estão em situação de alerta, de acordo com levantamento divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

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