ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 32º

Direto das Ruas

Empresária perde página do Instagram que fazia metade das vendas da loja

Proprietária lamenta não haver lei que defina essas ações como crime. "Todo dia alguém é lesado", reclama

Mirian Machado | 30/11/2021 16:17
Página oficial consta indisponível (Foto: Reprodução Instagram)
Página oficial consta indisponível (Foto: Reprodução Instagram)

Criada com muito esforço, a loja Mamãe Quati, um brechó de roupas infantis, acumulava 18,5 mil seguidores no Instagram, plataforma que além de significar metade das vendas para a empresária Pauline Greco, 36 anos, ajudava outras mulheres empreendedoras. "Acumulava", porque na manhã desta terça-feira (30) a conta no aplicativo foi hackeada e o caso virou um pesadelo.

São diversos os prejuízos. Muito abalada, a proprietária contou que as atendentes que chegam mais cedo no brechó para responder mensagens via direct e fazer postagens mostrando as peças, como de costume, quando perceberam que não conseguiam entrar no aplicativo. "Elas me ligaram perguntando se eu tinha trocado a senha dizendo que não conseguiram entrar, mas eu não troquei a senha", explicou.

Pauline tentou, mas não conseguia acessar mais a conta. Ela contou que um código foi enviado ao telefone cadastrado e depois recebeu como resposta que iria para análise. "Eu ainda vi que tiraram as fotos, o arroba, era um Instagram vazio, mas cerca de 20 minutos depois não aparecia mais nada. É como se não existisse", disse.

Ela ainda pediu em seu perfil pessoal para que amigos denunciassem a página, a fim do Instagram perceber algo de errado e assim devolver a conta, mas a página aparentemente foi tirada do ar.

"Estou muito mal. São 5 anos construindo um público, um Instagram orgânico. Nosso público alvo são mãe. Além disso de 50 a 60% das vendas da loja eram feitas de forma online pela plataforma. Tiraram um pedaço da minha loja e não é pelo número de seguidores. Não adianta ter 30 mil pessoas e ninguém comprar. Eu prezo por quem quer estar ali, por quem goste e quer comprar o que eu vendo", contou Greco ainda muito abalada.

Pauline criou nova conta para poder trabalhar (Foto: Reprodução Instagram)
Pauline criou nova conta para poder trabalhar (Foto: Reprodução Instagram)

A empresária criou outra página (Brechó Infantil Mamãe Quati) para poder continuar trabalhando e com a ajuda de amigos e familiares, em poucas horas a nova conta já passava de 600 seguidores.

O jeito é tomar todo contato possível, principalmente com internet. Pauline chegou a ir até a delegacia, porém foi informada que não há crime, já que não havia prejuízo financeiro, alguém a chantageando, ou mesmo usando a marca para outros fins e por isso a orientação é entrar em contato com a plataforma. "Recebi diversas mensagens de outras pessoas, empresárias, blogueiras que também já passaram pelo que passei. O certo é fazer a verificação em duas etapas e sempre que possível trocar a senha. Fui ingênua. A gente sempre acha que só acontece com os outros, fui adiando e deu nisso", lamenta.

"O problema é que os bandidos de crimes na internet deitam e rolam porque não tem uma lei que defina o crime. Todos os dias alguém é lesado pelo Instagram, WhatsApp, aplicativo de banco. Até quando vai isso?", questiona.

A reportagem entrou em contato com o Instagram e aguarda retorno.

Direto das Ruas - As imagens chegaram ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.

Clique aqui e envie agora uma sugestão.

Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal.

Nos siga no Google Notícias