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Direto das Ruas

Moradores veem Ceinf abandonado virar abrigo para dependentes químicos

Terreno também está sendo usado como depósito de lixo e já foi incendiado duas vezes nesta semana

Geniffer Valeriano | 07/07/2023 11:56

Abandonado há mais de 16 anos, empresário viu o que seria esperança da população do bairro se transformar em abrigo para moradores de rua. No local onde o morador afirma que deveria estar funcionando a Ceinf (Centro de Educação Infantil), hoje restam apenas parte da estrutura da construção.

Morando há mais de 22 anos no Bairro Jardim Talismã, José Almeida, de 44 anos, diz ter visto o início das obras que ocupam uma quadra inteira da Rua Serra de Maracaju. “Eles fizeram o respaldo e a cobertura, faltou o finalzinho. Agora, já roubaram janelas, madeiramento, telhas, fiação. Então assim 70% dela já estava concluída e agora tem que voltar, pelo tempo que está parado e exposto eu acho que nenhum engenheiro assina para continuidade da obra”.

O local também está sendo utilizado como depósito de lixo e mesmo sendo limpo com frequência, somente nesta semana amontoados de lixo já foram incendiados duas vezes. O empresário atribui os incêndios a cerca de 12 moradores de rua e aos usuários de drogas que se abrigam no local.

Imagem do Google Street View registrada em março deste ano mostra o que restou da contrução. (Foto: Reprodução Google Street View)
Imagem do Google Street View registrada em março deste ano mostra o que restou da contrução. (Foto: Reprodução Google Street View)

Com os novos vizinhos presentes na região, houve um aumento de furtos de fios de energia elétrica. José ainda relembra que sua casa teve os fios furtados na mesma noite em que o padrão de energia havia sido instalado.

“É uma insegurança total. Um lugar que era pra ter pelo menos umas 150 crianças sendo atendidas serve pra utilização de bandidos, pra drogas, pra esconderijo e sujeira de animais peçonhentos e mosquito da dengue”, expressou.

José ainda conta que os moradores da região tentam buscar com a prefeitura alguma solução, mas até então não conseguiram uma resposta positiva. “Nós já pedimos o corte da água, que antes tinha água encanada lá, mas eles continuam ali direto. Então assim é uma obra que ou faz a demolição ou termina, né? Porque só está servindo para sem tetos, para drogados”.

Por meio de nota, a secretaria de educação informou que todas as obras paradas estão em processo de alinhamento para serem retomadas. Sobre a obra reclamada pelo empresário, foi dito que está passando por um processo de reformulação, para que só assim possam seguir para uma nova licitação. “O objetivo da prefeitura é que a obra seja retomada até o final de 2023”, diz trecho da nota.

(*) Matéria alterada às 17h09 para acréssimo de nota.

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